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Aconteceu, nesta terça-feira (29), na Câmara de Mogi das Cruzes, a primeira reunião da Comissão Especial de Vereadores (CEV) que acompanhará o processo de investigação do caso de desvio de verbas da Prefeitura de Mogi das Cruzes por parte de um servidor público.
A Comissão será presidida pelo vereador Mauro Araújo (MDB), tendo como relator Caio Cunha (PV) e o pastor Carlos Evaristo (PSD) como membro. “Nesse primeiro momento iremos solicitar todas as informações necessárias à Prefeitura, como a cópia da documentação do processo. Em cima disso a gente começa a averiguar. Esse é o primeiro passo”, disse Araújo.
Segundo a Câmara, após reunir toda a documentação do processo enviada ao Ministério Público, a CEV também poderá solicitar informações à empresa dona do sistema da folha de pagamento e ao chefe imediato do servidor acusado de fraudar o sistema.
Com duração de 180 dias, a Comissão Especial de Vereadores também buscará avaliar a necessidade de aprimoramento do sistema de pagamento dos servidores municipais, como transmissão de dados e gestão financeira da Prefeitura.
Entenda o caso
De acordo com uma denúncia feita pela Prefeitura de Mogi ao Ministério Público, o chefe de divisão que fazia a folha de pagamento, José Luiz Jurioli Filho, fraudava o sistema e transferia dinheiro público para sua conta pessoal. A ação acontecia desde 2017 e gerou um prejuízo de mais de R$ 1 milhão de reais à Administração Municipal. Com a denúncia, o servidor foi detido pela Polícia na última sexta-feira (18).
Em um vídeo publicado em suas redes sociais, o prefeito Marcus Melo contou que, como a fraude era realizada por meio de uma alteração no sistema informatizado da Prefeitura, uma auditoria foi capaz de colher provas que confirmam a prática.
“Boa noite. Estou aqui para fazer uma denúncia. Descobrimos que um funcionário da Prefeitura desviou dinheiro público, alterando o sistema da folha de pagamento. Levei o caso ao Ministério Público para ser investigado pela Justiça para que o responsável seja punido. É tolerância zero para quem não respeitar o dinheiro público”, diz a nota publicada por Melo no Instagram.
Em nota, a Prefeitura de Mogi afirmou que, acolhendo solicitação de Marcus Melo, a Justiça determinou o bloqueio imediato de todos os bens em nome do servidor e a quebra do sigilo bancário. “Paralelamente, iniciamos um processo administrativo interno visando a exoneração do funcionário a bem do serviço público”, disse a administração municipal, que afirmou agora aguardar a devolução do dinheiro.