Para muitos mogianos, a chuva da madrugada desta segunda-feira (11) não apresentou grandes ameaças. Já para os moradores do Oropó, em Mogi das Cruzes, a noite foi longa e parece não ter terminado até agora. Isto porque nas últimas 24 horas choveu na região mais da metade do que era aguardado para o mês inteiro […]
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Uma enxurrada, alagamento ou inundação, pode ser entendido como o resultado do da concentração da água de chuva em excesso que não pode ser absorvida por solo já saturado e outras por formas de escoamento, por exemplo, em áreas impermeabilizadas urbanas, onde o fluxo de água segue rapidamente para as baixadas e rios, superando a capacidade de escoamento, causando transbordamentos das margens. Cheias e enchentes também podem ser provocadas por rompimento de barragens e represas, ou ainda pela abertura ou extravasamento de represas em períodos de fortes chuvas.
Em termos técnicos a Organização das Nações Unidas, por meio de seu Escritório para a Redução de Riscos (UNISDR), define a inundação como um processo de risco natural[1], mesmo quando ocorrido em áreas urbanas. Esta classificação é amplamente usada em diversos países, pois sejam estes ricos e bem urbanizados ou pobres e mal urbanizados a ocorrência de inundações se dá em ambos.
Para caracterizar com maior exatidão estes cenários de riscos associados ao escoamento de água o termo inundação difere do termo enchente ou cheia. Estes são entendidos como elevações do nível de água que não ultrapassam a cota máxima do canal e, portanto, não caracterizam um extravasamento. Já a inundação ou cheia são definidas exatamente por serem extravasamentos do canal natural.
As inundações são resultado da interação de fenômenos meteorológicos (tempestades repentinas, chuvas contínuas, intermitentes), hidrológicos (infiltração no solo, escoamento superficial seguindo a topografia, porosidade, saturação) e humanos (forma de uso e ocupação do solo, como urbanização ou impermeabilização do solo). A interação pode ser muito complexa envolvendo as escalas espaciais da precipitação atmosférica, as escalas espaciais da topografia da bacia hidrográfica e a infraestrutura urbana, no caso de cidades. A morfologia das redes de drenagem urbanas também são importantes para a distribuição da água. A forma dos vales, sua declividade e escala espacial e a escala espaço-temporal da chuva que impinge as encostas são fatores importantes para as condições de formação de enchentes repentinas ou prementes. Existem também enchentes regionais, por exemplo, no Pantanal brasileiro, que nos meses de chuva (setembro a março) apresentam sua superfície original coberta por uma lâmina de água, mas que neste caso não se caracteriza como inundações e sim como enchentes naturais. As enchentes tem papel importante na vida de um rio, pois no período de cheias estabelece lagoachos nas bordas dos rios, onde peixes nativos se reproduzem e passam a primeira parte de suas vidas antes de retornar ao rio. A ocupação de várzeas (isto é, seus leitos maiores) dos rios em áreas urbanas agravou muito o problema de enchentes urbanas no Brasil, isto ocorreu em anos em que se considerava a natureza e os rios urbanos como empecilhos ao desenvolvimento econômico da cidade, mas certamente o custo foi alto e novos conceitos foram introduzidos e discutidos pelos gestores urbanos no início do século XXI.
Confira abaixo as últimas notícias sobre alagamentos:
Após chover 148,8 mm em apenas 12 horas, na noite de ontem (10), a Sabesp decidiu decretar estado de alerta para os riscos de transbordamento na Represa Jundiaí, em Mogi das Cruzes. Segundo o monitoramento do SAISP (Sistema de Alerta e Inundações do Estado de São Paulo), às 2h da manhã desta segunda (11) o […]
Choveu sem parar em Mogi das Cruzes na noite desta segunda-feira (11). De acordo com o CEMADEN (Centro Nacional de Monitoramento e Desastres Naturais), das 15h30 de domingo até as 3h30 de hoje, caíram nada menos que 148,4 mm de água em Mogi. O aguaceiro é resultado do calor armazenado na atmosfera e do aumento […]
Informações divulgadas pelo Climatempo, site especializado em meteorologia, apontam que é preocupante a situação do rio Tietê em Mogi das Cruzes. Isto porque o nível do rio passou da cota de “alerta” para a de “emergência” na noite da última quarta-feira (27). Para piorar a situação, de lá para cá, a chuva se manteve, mesmo […]