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MOGI DAS CRUZES

Médico diz que cumpriu protocolo do Estado no caso de menino morto por picada de cobra em Mogi



A Câmara Municipal de Mogi das Cruzes recebeu, na tarde desta terça-feira (25), o secretário municipal de saúde, Zeno Morrone, para uma prestação de contas sobre o caso do garoto João Victor Delfino Laurentino, de onze anos, que faleceu em decorrência de uma picada de cobra. Morrone foi convidado pelo presidente da Comissão de Saúde do Legislativo Municipal, vereador Otto Rezende (PSD), em requerimento aprovado pelo Plenário na sessão ordinária do último dia 18.



Leonardo Henrique Megale, o médico responsável pela UPA do Rodeio, onde o menino recebeu o atendimento inicial, informou que o garoto deu entrada às 19h38 na UPA e foi direto para a sala de enfermagem. Após passar pela triagem, João recebeu pulseira laranja, que determina atendimento médico em até dez minutos. De acordo com Megale, às 19h57, João começou a ser atendido e, após o atendimento, encaminhado para a sala de medicação, momento em que foi inserido no CROSS (Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde).



Segundo relatos da Secretaria Municipal de Saúde, João foi aceito pelo Hospital Luzia de Pinho Melo somente às 21h20 e transferido via SAMU às 22h17. “Todo o procedimento feito na UPA foi de acordo com o protocolo do Estado. A gente não consegue transferir nenhum paciente de dentro da UPA simplesmente chamando o SAMU. Pode ser qualquer tipo de gravidade, precisamos inserir no CROSS”, disse Megale.



O Portal CROSS é um sistema de Tecnologia da Informação desenvolvido para instrumentalizar o processo de distribuição, regulação e controle dos recursos disponíveis. Em outras palavras, é por meio desse sistema que os pacientes são encaminhados para Hospitais de referência no Estado, dentro do limite das vagas disponíveis.



“Todas as transferências de uma UPA para um hospital de referência precisa ser feita via CROSS. Se nós formos verificar, essa criança (João), chegou na UPA às 19h38. Antes de três horas ela saiu da UPA, onde é importante estabilizar o paciente. Ela saiu de lá consciente, acordado e conversando”, afirmou o secretário Zeno Morrone.

Alguns vereadores usaram a tribuna para pedir explicações e reclamar da demora na internação de João Victor. O vereador Bi Gêmeos (PSD) perguntou sobre um possível novo protocolo para o atendimento no sistema municipal de Saúde.

Em resposta ao vereador, Morrone disse que já existe um protocolo, que será estudado para ver se existe possibilidade de melhorias. “Vamos discutir se existe alguma mudança, mas o fluxo nós já tornamos mais ágil. Na minha opinião, o que atrapalhou foi o fluxo. Se eu consigo fazer alguma coisa por telefone rápido não preciso aguardar a liberação para depois transferir”.

O vereador Francimário Vieira Farofa (PL) criticou a burocracia do sistema CROSS e fez uma denúncia contra a atuação do Hospital Luzia de Pinho Melo no caso João Victor. “A prescrição médica não foi feita por um cirurgião, mas por um interno, que é um estudante”, ressaltou.

Também participaram do encontro os vereadores Prof. Edu Ota (Pode), Fernanda Moreno (MDB), Policial Maurino (Pode), Osvaldo Silva (REP), Malu Fernandes (SD), Iduigues Martins (PT), Inês Paz (PSOL) e Mauro do Salão (PL).

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