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MOGI DAS CRUZES

Mulher que agrediu muçulmana em Mogi das Cruzes diz que briga não foi motivada por religião



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Um vídeo de uma mulher muçulmana sendo agredida dentro de um condomínio no distrito de Jundiapeba, em Mogi das Cruzes, repercutiu nos últimos dias nas redes sociais.


A agressão, que aconteceu na última sexta-feira (15), foi denunciada como islamofobia pelo sheik Rodrigo Jalloul, do Centro Islâmico da Penha. No entanto, de acordo com a mulher que aparece agredindo a muçulmana no vídeo, a briga não foi motivada por questões religiosas.

Segundo Fernanda, tudo começou com uma desavença entre seus filhos, que estavam brincando em uma área comum do condomínio onde moram. “O meu filho de sete anos estava brincando lá embaixo no parquinho, como de costume, até que subiu chorando, com marcas de agressão na boca, machucados na perna e acompanhado de outras crianças, que disseram que ele havia sido agredido com golpes de judô no rosto e na barriga”, disse ela, acrescentando que as agressões partiram do filho da mulher muçulmana.


Ela relatou que, ao saber do ocorrido, começou a procurar o menino pelo condomínio e teve uma conversa com ele, dizendo o seguinte: “O que você fez foi muito sério, muito sério mesmo. Se eu tivesse sua idade, eu ia te mostrar o que acontece com uma criança que quer mandar nas coisas e bater em todo mundo”. Segundo ela, o menino pediu desculpas e ela foi para seu apartamento.


Ainda de acordo com Fernanda, após a conversa, a mulher muçulmana começou a gritar na janela de sua casa dizendo que ia “quebrá-la de tanto bater”. “Na hora do vídeo só mostra eu indo pra cima dela, mas na hora que apareci ela já veio batendo no peito falando ‘vem aqui que eu vou te quebrar’. Na hora que ela fez isso eu não ia esperar ela me bater”, disse Fernanda, acrescentando em seguida: “Errei em agredi-la, em dar início à agressão física. Mas a agressão verbal e as ameaças na minha janela aconteceram antes. Ambas saíram machucadas. Não teve nada desse negócio de religiosidade. Jamais em minha vida eu ia fazer uma coisa dessa. Não teve essa questão de xingar ela de terrorista. Não existiu essa versão dela”, concluiu.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública confirmou que o caso foi registrado como lesão corporal pelo 4º DP de Mogi das Cruzes.

Assista, no vídeo a seguir, o momento da agressão:

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