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Os vereadores da Câmara de Mogi das Cruzes, Inês Paz (PSOL), Malu Fernandes (Solidariedade) e Marcos Furlan (DEM), o deputado estadual Oscar Castello Branco (PSL) e o presidente do Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista), Valterli Martinez, se reuniram nesta quinta-feira (20) para discutir formas de evitar o fechamento definitivo da passagem de nível para pedestres situada no cruzamento entre a linha ferroviária e a Rua Doutor Deodato Weirtheimer, no Centro, conforme anunciado pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
A passagem estava prevista para ser bloqueada no final de 2021. Entretanto, a Prefeitura de Mogi das Cruzes contestou a decisão junto à Justiça e conseguiu prorrogar esse fechamento por mais seis meses.
O presidente da Câmara de Mogi, Marcos Furlan, afirmou que pretende realizar audiências públicas para discutir o assunto, além de cobrar os parlamentares estaduais sobre a reivindicação de manter a travessia aberta. “A Câmara tem de fazer uma cobrança ostensiva. Essa é uma luta antiga da Cidade. Não podemos aceitar decisões arbitrárias da CPTM. Vamos cobrar os deputados estaduais, já que esse caminho é o mais promissor para sermos ouvidos. Posteriormente, planejamos realizar audiências públicas para exigir uma posição mais clara da CPTM”, disse o vereador.
Furlan acrescentou que também vai retomar as reivindicações em prol das prometidas obras de revitalização nas estações ferroviárias de Mogi. “Além dessa questão pontual do fechamento da Deodato, vamos cobrar o andamento das prometidas reformas nas estações, que até hoje ainda não foram completamente executadas”.
A vereadora Malu, por sua vez, disse estar otimista com os resultados do encontro. “Saio dessa reunião otimista. São situações diferentes, mas, assim como derrotamos o pedágio aqui no município, vamos conseguir que a CPTM melhore a postura com a nossa cidade”, afirmou.
Já Inês Paz argumentou que Mogi das Cruzes possui sete passagens de pedestres sobre a linha férrea. Em razão disso, ela pretende formar uma CEV (Comissão Especial de Vereadores) para acompanhar as ações da antiga estatal, que hoje é uma sociedade de economia mista ligada à Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos. A intenção da psolista é contar com o apoio do vereador Clodoaldo de Moraes (PL) nesse grupo de parlamentares. “Não queremos muros que isolem as passagens. Se não dá para fazer todas as passarelas de uma vez, que sejam feitas aos poucos, mas sem impedir a circulação das pessoas”, ressaltou.
Na ocasião, o deputado estadual Castello Branco ficou de servir como um intermediário entre a CPTM e os cidadãos mogianos: “Vamos questionar as razões do fechamento e apresentar todos os argumentos aqui do povo de Mogi”.
Para o presidente do Sincomércio, Valterli Martinez, cerca de 50 comerciantes sofrerão impacto em seus negócios com o bloqueio desse acesso. “Queremos que a CPTM cumpra a promessa feita no passado, isto é, que seja feita a reforma nos arredores e depois o fechamento da passagem de nível dos pedestres. O fechamento afetará os comerciantes da área, que dependem totalmente do fluxo de populares no local. Enquanto não forem realizadas as reformas, não é justo fechar a cidade em dois pontos. Já basta o isolamento ali na Rua Cabo Diogo Oliver”, disse Martinez.
Os comerciantes também abordaram no encontro uma suposta morosidade do atendimento da SEFAZ (Secretaria de Estado da Fazenda e Planejamento) desde agosto do ano passado. “Quando as empresas precisam fazer mudanças em suas razões sociais, como a alteração do CNPJ, a demora lá na Sefaz vem sendo muito grande, o que está atrapalhando a atuação de muitas empresas. Até para mudar de endereço ficou moroso e complicado para nossos empresários e comerciantes”, disse Valterli Martinez.
Tanto Castello Branco como os vereadores mogianos pretendem exigir providências de melhorias nas atividades da Pasta.