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Represas do Alto Tietê operam próximas ao limite da capacidade de água



O grande volume de chuva que caiu sobre o Alto Tietê desde o último domingo (9) colocou as cidades da região em estado de atenção para o risco de transbordamento de rios e represas, principalmente quando interligados ao Rio Tietê. De acordo com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), as represas do Alto Tietê estão operando, em média, com 86,2% da capacidade.



Segundo informações atualizadas pela companhia às 9h desta quarta-feira (12), a situação mais crítica é na Represa Ponte Nova, que fica no Rio Tietê, em Salesópolis, e trabalha no momento com 94,59% de sua capacidade.



Logo em seguida vem a Represa Paraitinga, que está situada no rio homônimo, também em Salesópolis, e foi construída justamente para controlar a vazão do Rio Tietê. Ela opera com 89,81% de sua capacidade máxima.



Em Mogi das Cruzes, a Represa Taiaçupeba, que fica no Rio Taiaçupeba e também foi criada com o intuito de escoar a água do Rio Tietê, se encontra atualmente em 84,97% de sua capacidade.



Já nas represas Jundiaí e Biritiba, com respectivamente 71,79% e 36,44 de suas capacidades, a situação está mais controlada.

Estado de atenção

Na tarde da última segunda-feira (10), a Prefeitura de Mogi das Cruzes anunciou que estava entrando em estado de atenção máxima por conta do grande volume de chuva registrado entre domingo (9) e segunda-feira (10) nas cidades ao longo do rio Tietê na região.

Segundo a administração municipal, apesar de não terem sido registradas ocorrências durante a noite e madrugada em Mogi, com o fechamento das comportas da Barragem da Penha, na Zona Leste de São Paulo, estavam previstos alagamentos em bairros ribeirinhos da cidade.

“O volume de águas acumulado na Barragem da Penha é tão grande que está passando por cima das comportas. Toda a nossa Defesa Civil está monitorando de perto a situação do Tietê em Mogi das Cruzes e dos afluentes, como o rio Jundiaí, que já estavam com níveis bem elevados antes mesmo de toda essa chuva que caiu”, disse o prefeito Marcus Melo.

Em nota publicadas nas redes sociais, o Condemat (Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê) informou que o fechamento da Barragem da Penha, na chegada a São Paulo, provoca o represamento da água do Rio Tietê nos trechos anteriores, justamente aqueles que estão nas cidades do Alto Tietê, em especial, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Suzano e Mogi das Cruzes, onde o nível do Rio Tietê já se encontrava muito elevado, antes mesmo da chuva da madrugada de segunda-feira.

“Com a medida adotada pelo Estado para controlar os transtornos registrados na Capital é esperado, nas cidades do Alto Tietê, o agravamento de locais alagados e o surgimento de novos pontos de enchentes, podendo demandar, inclusive, a remoção de famílias de algumas regiões, além dos transtornos no trânsito e no transporte público para o deslocamento da população”, disse o Condemat.

Entre a noite de domingo e a manhã de segunda-feira, a chuva acumulada na Capital chegou a 110 milímetros. O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) informou que é o segundo maior volume de chuvas para fevereiro em mais de 77 anos. 

“Estamos em contato permanente com a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Meio Ambiente para que as cidades da região sejam informadas imediatamente sobre qualquer manobra técnica nas represas que possam provocar transtornos nas cidades da Região”, afirmou o prefeito.

Os telefones para emergências são o 199, da Defesa Civil, e o 153, da Central Integrada de Emergências Públicas (Ciemp).

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Por Leandro Cesaroni

Jornalista graduado pela FIAM e pós-graduado em jornalismo cultural pela FAAP

Uma resposta em “Represas do Alto Tietê operam próximas ao limite da capacidade de água”

Otimo!
Assim a Sabesp…DAEE…Não precisarão mais institucionalizar o afluente do rio Itapanhau, que causará alteração do bioma na extensão de seu curso.
Observei que sem estudo técnico, A.RIMA… Não se pode transpor o curso d’água. Pois os maquinários necessários afetarão o distinto ecosistema de avi-fauna, em decorrência do ruído proveniente da intervenção.
Assim como no avanço da língua salina no curso do rio Itapanhau em Bertioga, alterando o ecosistema dos manguezais, indiscutivelmente comprovado, ser, o berçário de espécies marinhas de diversas categorias de crustáceos e peixes, alguns em considerável risco de existência.
Além do mais, a SABESP, é uma empresa de capital misto. Assim, será que é permitido a usurpação de recurso hídrico, em prol de investidores e fundos especulativos??????????
Só que não.
GAEMA MP, CONTAMOS COM VOCÊS.

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