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MOGI DAS CRUZES

Lei que proíbe fogos de artifício com barulho em Mogi das Cruzes se mostra ineficaz



Todo final de ano, há um aumento considerável no uso de fogos de artifício por conta das festas, o que traz à tona as dificuldades de aplicação da Lei Municipal nº 6.562/11, que proíbe a queima de fogos de artifício com estampido e artefatos pirotécnicos em Mogi das Cruzes.



Apesar de ser o quinto Ano Novo que será comemorado na cidade após a lei ter entrado em vigor, sua aplicação ainda se mostra difícil, o que torna a legislação ineficaz. Na véspera do Natal, foi possível ouvir estouros em diversas regiões de Mogi e a expectativa é de que, no Réveillon, o barulho seja maior.



A lei existe desde setembro de 2019, quando a Câmara Municipal aprovou o Projeto de Lei nº 55/17, de autoria dos então vereadores Caio Cunha (PODE) e Fernanda Moreno (MDB).



A proposta legislativa, que alterou o artigo 1º da Lei nº 6.562 de 8 de julho de 2011, alega que o estampido provocado pelos rojões pode ter impacto prejudicial à saúde de animais e portadores de Transtorno do Espectro Autista (TEA). A legislação traz limites definidos baseados em normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas, que tem como base a classificação de decibéis proposta a 75 decibéis durante o dia e 55 decibéis durante a noite, como padrão para conforto acústico.



Hoje prefeito de Mogi das Cruzes, Caio Cunha, um dos autores do projeto aprovado, reconheceu recentemente, em resposta a um seguidor nas redes sociais, que a lei é de difícil aplicação e fiscalização. Uma prova disto é que, no Réveillon do ano passado, a Prefeitura informou que não foi aplicada nenhuma autuação por descumprimento da lei na cidade, embora tenham sido recebidos aproximadamente 100 chamados referentes ao uso dos artefatos. Segundo a administração municipal, “não foi possível o registro de flagrantes”.

A legislação determina que quem for flagrado desrespeitando a lei que proíbe o estouro de rojões na cidade pode pagar uma multa correspondente a 15 Unidades Fiscais Municipais (UFM), o que representa atualmente R$ 3.338,10.

Denúncias sobre o uso de fogos de artifício com estouros em Mogi das Cruzes devem ser feitas pelo telefone 153, que funciona 24h para receber reclamações referentes à perturbação do sossego público.

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