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MOGI DAS CRUZES

Câmara de Mogi das Cruzes discute falhas na iluminação pública com a EDP



Na manhã desta quinta-feira (12), a Câmara Municipal de Mogi das Cruzes recebeu representantes da empresa EDP Bandeirante Energia, em uma reunião aberta no auditório Vereador Tufi Elias Andery. No encontro, solicitado pelo presidente da Casa, vereador Marcos Furlan (Pode), foram discutidos assuntos relacionados aos problemas na iluminação pública da cidade.



“Essa é uma reunião muito importante para que possamos criar um canal de comunicação mais próximo à EDP, para ter um relacionamento mais estreito e fazer com que a empresa entenda as necessidades que são trazidas à Câmara Municipal. São temas importantes trazidos diariamente e por isso é importante conversarmos e deixar explícito à população que estamos atentos às necessidades do município”, disse Furlan.



O vereador Pedro Komura (PSDB) afirmou que a cidade está passando por alguns problemas sérios com a energia elétrica e pediu a volta dos escritórios da EDP em Mogi das Cruzes. O parlamentar pediu uma atuação mais presente da EDP, principalmente em áreas com ligações clandestinas de energia. “Não conseguimos falar com as pessoas da empresa. Tivemos casos onde produtores perderam safras e pessoas ficaram mais de dois dias sem energia, além das ligações de energia clandestina. Na zona rural está cheio de ligações clandestinas, que sobrecarregam a rede”, disse Komura.



“Desde que parte da EDP foi a São José dos Campos o atendimento aqui ficou péssimo. E isso é muito complicado para a gente. A nossa dificuldade de contato é muito grande. Falta sensibilidade da empresa em muitos casos”, lamentou o vereador Edson Santos (PSD).



A analista de grandes clientes e poder público da EDP, Agnes Coelho, informou que, por questões estratégicas, parte da equipe da EDP foi transferida para a sede da empresa em São José dos Campos. Mas disse que o atendimento de baixa tensão continua na cidade, na Praça dos Imigrantes.

Em uma apresentação sobre o funcionamento da EDP no município, o engenheiro de projetos e construção, Rui Araújo, falou sobre o processo de regularização de áreas clandestinas. Araújo informou que a empresa está buscando normalizar os serviços e fazer melhorias nessas áreas irregulares. “Temos muitos núcleos de regularização de clientes, em Mogi nós iniciamos essa regularização em 2019. Até o momento atendemos cerca de 8.030 clientes em toda a nossa região”, explicou.

Sobre as quedas de energia, causadas por causas naturais, como vendavais e chuvas, alguns vereadores reclamaram da demora no restabelecimento dos serviços de energia elétrica. “Acho que deve haver uma revisão sobre o serviço terceirizado de manutenção, pois no último vendaval que tivemos, alguns produtores rurais ficaram muito tempo sem o serviço”, ressaltou Mauro do Salão (PL).

Rui Araújo respondeu aos questionamentos informando que a ligação ou religação da energia elétrica, principalmente na zona rural, depende de uma consulta prévia da regularidade da área. “Nós só podemos ligar clientes em áreas regularizadas pela Prefeitura, com documentação exigida pela Prefeitura, para evitar que clientes liguem energia na casa de outra pessoa. Muitas vezes, principalmente em áreas rurais, precisamos fazer consulta ao pessoal da CETESB se podemos ligar ou não e isso demanda tempo”, disse ele.

Francimário Vieira Farofa (PL) usou a tribuna do auditório para cobrar da EDP a regularização das ligações elétricas da Chácara dos Baianos: “é uma situação que precisamos resolver, vocês precisam ver a reestruturação das redes da EDP e ter a sensibilidade de atender os produtores da Chácara dos Baianos. São 444 assentados que até hoje não têm a luz regularizada”.

Outros vereadores também se manifestaram sobre outros problemas de iluminação elétrica da cidade, como podas de árvores mais eficientes, fiscalização de irregularidades, combate aos furtos de hidrômetros e cabos elétricos e troca de lâmpadas nos postes da cidade. O vereador Bigêmeos (PSD), relatou alguns problemas que cidadãos da zona rural do município estão enfrentando, como falta de iluminação nas estradas, quedas de árvores e demora para ligação de energia nas regiões.

O engenheiro de distribuição da EDP, Fagner Botelho, informou que existe um problema de poda de árvores em Mogi das Cruzes, mas que a empresa está buscando atender todas as demandas. Botelho informou que, em 2022, foram feitas 5.420 podas de árvores e mais de mil metros lineares de cortes de bambu, além de 3.134 metros de limpeza de faixa. O engenheiro explicou que as condições climáticas do ano estão mais severas do que no ano passado, o que ocasionou um aumento das ocorrências no município.

Também estiveram presentes na reunião os vereadores Vitor Emori (PL), Zé Luiz (PSDB) e Juliano Botelho, além do gestor operacional da distribuição, Jucelio Moreira; dos gestores operacionais de grandes clientes e poder público, Thiago Leme e Moacyr Ferreira; do engenheiro da distribuição da EDP, Fagner Avelino; dos analistas ambientais da EDP, Gabrielli Pablos Pál e Davi Wuo de Abreu; da engenheira de meio ambiente da EDP, Flávia Lorio; do engenheiro de planejamento de manutenção, Fabrício Viana; do engenheiro de infraestrutura urbana da Prefeitura de Mogi das Cruzes, Antonio Mello Muniz; do encarregado da iluminação pública da RM, Wesley Feniman e da analista do Procon, Renata Faedda.

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Por Leandro Cesaroni

Jornalista graduado pela FIAM e pós-graduado em jornalismo cultural pela FAAP