O ex-ministro e ex-juiz Sergio Moro (União) esteve, nesta sexta-feira (13), em Mogi das Cruzes, onde visitou a Câmara Municipal e se reuniu com lideranças, acompanhado do deputado federal Junior Bozzella (União) e do ex-deputado estadual Dr. Gondim (União).
Sergio Moro foi recebido pelo presidente da Câmara de Mogi das Cruzes, Marcos Furlan (PODE). “A gente fica muito feliz em recebê-lo. A gente fica muito feliz em poder abrir essa reunião de trabalho. Quero desejar toda a sorte do mundo. O União Brasil não é um partido do qual eu hoje pertenço, mas a gente quer o melhor para o Brasil e a gente sabe que a política só se faz da melhor maneira: a política do bem, com pessoas do bem”, disse Furlan.
Em seu discurso no auditório da Câmara, Moro lembrou que o dia 13 de maio é o Dia da Abolição da Escravatura. “A pressão da população negra conseguiu com que finalmente, ainda que tardiamente, viesse a Abolição da Escravatura em 88. Claro que aqui não é um problema resolvido, porque veio a abolição sem conceder aos escravos libertos as condições necessárias para prosperar, mas ainda assim, mesmo parcialmente, foi uma vitória da população”, disse ele.
“O principal exemplo é: não desistiram. E isso nos dá uma lição para o dia de hoje. nessa hora mais sombria. Nessa hora que a gente vê as pessoas com dificuldades, tendo problemas ao ir no supermercado comprar o alimento básico. Cenoura, batata, tomate viraram itens de luxo. E quando as pessoas olham para a política, ao invés de encontrar respostas, veem apenas uma briga incessante, uma ausência quase completa de discussão de política pública. Cadê os problemas do Brasil real sendo discutidos? A própria questão da escravidão foi abolida, mas e o legado de desigualdade e o legado de racismo que ainda existe na nossa sociedade? Quais são as respostas que os concorrentes às Eleições estão apresentando?”, perguntou o ex-ministro.
Moro questionou também a existência de ações e propostas por parte dos candidatos para combater o desvio de dinheiro público. “Cadê a discussão sobre o combate a corrupção? A gente avançou tanto durante a Operação Lava Jato, a gente rompeu uma tradição de impunidade no Brasil. O Brasil, em parte, não cresce, não se desenvolve de maneira inclusiva porque nós somos uma República de privilégios. E entre esses privilégios tem lá: o privilégio de roubar e não ser punido. Mas esse não é um privilégio de qualquer um, é um privilégio de parte da classe política, que pode fazer o que quiser”, disse ele.
Em sua passagem por Mogi das Cruzes, Moro afirmou também que ainda não definiu se pretende se candidatar a presidente da República, senador ou deputado federal nas Eleições 2022. “Isso será definido nos próximos meses”, afirmou o ex-ministro.
Antes de Mogi, Sergio Moro esteve esta semana no Fórum de Santa Isabel e nas Câmaras de Arujá e Itaquaquecetuba, onde recebeu o título de cidadão itaquaquecetubense, conforme aprovação de projeto de decreto legislativo no último dia 22 de fevereiro. “Fico muito honrado com essa homenagem. Simboliza que, apesar de todas as dificuldades, não estamos sozinhos. Tem um sonho a ser sonhado em conjunto”, disse Moro.
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