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MOGI DAS CRUZES

Vereadores, Prefeitura e empresa responsável discutem iluminação pública de Mogi das Cruzes



O Legislativo mogiano recebeu, na manhã desta terça-feira (15), o secretário municipal de Infraestrutura Urbana, Alessandro Silveira, a secretária adjunta Leila Alcântara Galvão e o diretor comercial da RM Empreendimentos Ltda, José Benedito Pelatieri, no auditório “Vereador Tufi Elias Andery”, no prédio anexo da Câmara de Mogi das Cruzes. A pauta principal foi a iluminação pública da cidade e detalhes do contrato firmado com a RM Empreendimentos, que realiza, além da manutenção e melhoria do serviço na cidade, a instalação de iluminação de LED.



O presidente do Legislativo, Marcos Furlan (DEM), afirmou que a reunião foi muito produtiva e que permitiu aos vereadores sanar dúvidas sobre o relacionamento da prefeitura com as empresas, embora tenha lamentado a ausência de representantes da EDP para prestar esclarecimentos.



Antes de dar início aos questionamentos dos edis, a secretária adjunta, Leila Galvão apresentou a estrutura da secretaria e um breve histórico da prestação de serviço de iluminação pública e do último processo licitatório. Em seguida, Benedito explicou como a contratada conseguiu, através da fabricação própria de lâmpadas de LED e reatores, reduzir em mais de 30% o valor do contrato, ficando abaixo inclusive da empresa que anteriormente prestava esse serviço em Mogi das Cruzes.



O baixo valor do contrato com a empresa era objeto de dúvida para os vereadores presentes na reunião, conforme indagou José Francimário Vieira de Macedo, o Farofa (PL). “Quando uma empresa dá um desconto, a empresa apresentou todo um estudo de viabilidade? Por que, aumentou o número de equipes, subiu o valor do combustível, houve isso? ”, perguntou o vereador.



“Nós solicitamos que ela apresentasse essas composições desses descontos e ela comprovou que estaria atendendo dentro de todos os itens de acordo com a tabela oficial, onde constam os valores de mão de obra e de composição de materiais ”, explanou Leila.

Edson Santos (PSD), por sua vez, defendeu que “iluminação é segurança pública”. “Quando é feito o pedido da troca da lâmpada, informado o número da placa branca, se tiver outras queimadas na mesma rua ou região, elas também serão trocadas ou a ordem de serviço (OS) é específica, necessitando de outra OS? ”, questionou o vereador.

No mesmo sentido, Pedro Komura (PSDB), interpelou sobre a manutenção preventiva das lâmpadas e pediu esclarecimentos sobre duas outras questões. “Por que as trocas das lâmpadas de LED não são feitas primeiro onde há comércio, posto que essa é uma reclamação frequente dos comerciantes? E, em relação aos furtos, por que não são instalados alarmes na fiação, como é feito no cabeamento telefônico? ”, indagou Komura.

Em resposta, Benedito informou que ao receber uma demanda todas as lâmpadas que apresentarem defeitos na rota feita pelo caminhão são trocadas. Segundo ele, até o momento, a empresa não está realizando manutenção preventiva porque o foco é zerar as solicitações já existentes. Sobre a fiação, o diretor ressaltou que além de ser de responsabilidade da EDP, as redes subterrâneas não podem receber o mesmo tipo de alarme antifurto da rede telefônica, mas outras medidas serão tomadas para dificultar a ação dos bandidos.

“Estamos integrados ao projeto da prefeitura de substituir todas as luzes por LED ainda nesse mandato, por opção técnica foi feita a escolha de setorizar por bairro”, completou Benedito.

Para facilitar a manutenção e reduzir o roubo de fios, Benedito apontou que vários trechos estão sendo substituídos por fiação aérea. Neste sentido, a vereadora Inês Paz (PSOL) perguntou se a medida não ia de encontro com a modernização da rede e os modelos conhecidos de cidades sustentáveis, cuja tendência tem sido de reduzir o emaranhado de fios nos postes da cidade.

Mauro Yokoyama (PL) trouxe à discussão a demanda de iluminação na zona rural. Para o vereador é necessário informar corretamente a população que está desmembrando suas terras para vender glebas e, posteriormente, encontram entraves na instalação da energia elétrica. Os estragos provocados pelas chuvas também foram abordados pelo edil. “Em janeiro, os problemas causados pelas chuvas e ventanias não só na zona rural como também no centro da cidade, foram ocasionados pela queda de galhos e árvores. Quais são as possibilidades de realizarem um estudo para executar as podas de árvore? ”, complementou Yokoyama.

Segundo o secretário de Infraestrutura a poda de árvores que estão próximas ou emaranhadas em fios de alta tensão e transmissão de energia são uma obrigação contratual da EDP, apenas a vegetação afastada da fiação fica aos cuidados da prefeitura.

Após elogios à explanação do diretor comercial da RM Empreendimentos, o vereador Juliano Botelho (PSB) ampliou o debate para a zeladoria da cidade como um todo e sabatinou o secretário Alessandro.

“Estamos passando por uma dificuldade tremenda na zeladoria da cidade. E, no meu ponto de vista, poucas coisas têm sido feitas, a demanda continua a mesma. O mato da cidade está imenso, está feio e não há fiscalização da prefeitura em relação à empresa contratada. Como você avalia os ofícios em relação à urgência e prioridade? ”, interrogou Botelho.

“Temos um indicador chamado Matriz de GUT que ajuda na priorização da resolução de problemas por meio de três critérios: Gravidade, Urgência e Tendência. Isso é o que nos dá um indicador de por onde a gente deve iniciar e, através, da matriz podemos realizar o planejamento de 2022. ”, ressaltou Alessandro.

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