Vereadores da Câmara Municipal de Mogi das Cruzes aprovaram, na sessão ordinária desta terça-feira (15), a Moção 80/2019, que consignou votos de apoio à Fundação para o Remédio Popular (Furp) e seus trabalhadores.
O autor da iniciativa, vereador Rodrigo Romão (PCdoB), justificou a medida informando que, em entrevista, o governador João Doria (PSDB) manifestou a intenção de extinguir o órgão. “A privatização ou extinção da Furp representa um ataque gravíssimo à soberania nacional na área de produção de medicamentos. A empresa foi criada pela Lei Estadual n° 10.071 de 10 de abril de 1968, ou seja, há 51 anos, com o objetivo de fabricar medicamentos para que as prefeituras, hospitais públicos e entidades filantrópicas de todo o Brasil possam adquirir medicamentos com preços reduzidos, para serem distribuídos gratuitamente à população que utiliza o Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirmou Romão.
De acordo com os dados apresentados pelo parlamentar, somente em 2018, a Furp produziu cerca de 530 milhões de medicamentos para a rede pública de saúde. Entre os itens produzidos destacam-se antibióticos, antirretrovirais, anti-inflamatórios, anti-hipertensivos, medicamentos para transplantados, controle da Diabetes, transtornos mentais, tuberculose, hanseníase etc.
O governo estadual afirma que a Furp causa prejuízo anual de R$ 57 milhões aos cofres públicos e alega que a sua extinção “não significa redução na distribuição de remédios gratuitos, tampouco descumprimento de qualquer compromisso do governo na priorização da saúde”.
Sobre a Furp
A Fundação para o Remédio Popular “Chopin Tavares de Lima” (Furp) é o laboratório farmacêutico oficial do Governo do Estado de São Paulo. Vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, é um dos maiores fabricantes públicos de medicamentos do Brasil e da América Latina. Ocupa posição estratégica nas políticas públicas de saúde, dedicando-se ao desenvolvimento, produção, distribuição e dispensação de produtos para melhoria da qualidade de vida da população. Possui duas unidades, uma em Guarulhos (Grande São Paulo) e outra na cidade de Américo Brasiliense (SP).
A Fundação atua em mais de três mil cidades brasileiras, com cerca de seis mil clientes cadastrados, entre secretarias estaduais de saúde, hospitais públicos, consórcios de municípios, prefeituras, instituições estaduais, federais, municipais e filantrópicas, além de sindicatos e fundações.
Uma resposta em “Vereadores de Mogi se colocam contra extinção de órgão anunciada por Doria”
Parabéns aos nossos vereadores pela iniciativa, seria uma calamidade para a saúde pública, extiguir a FURP