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A Câmara Municipal de Mogi das Cruzes aprovou por unanimidade, em sessão ordinária nesta terça-feira (30), o Projeto de Lei nº 59/2022, que institui no âmbito do município o “Dia do Atirador Desportivo”.
De autoria dos vereadores Marcos Furlan (PODE) e Francimário Vieira (PL), o Farofa, a propositura inclui a data de 3 de agosto no Calendário Oficial de Mogi das Cruzes.
Segundo a justificativa dos parlamentares, o Tiro Desportivo é um esporte de alto rendimento, que necessita de equilíbrio corporal e emocional, concentração, preparação física, além de conhecimento técnico sobre defesa pessoal.
Com o aval dado à propositura, Mogi das Cruzes passará a comemorar o Dia do Atirador Desportivo anualmente, sempre em 3 de agosto. A data para a celebração foi escolhida por ser o dia no qual o Brasil conquistou sua primeira medalha de ouro em Olimpíadas, justamente nesse esporte. Também foi aprovada recentemente a Lei estadual (Lei n° 17.516 de 13 de janeiro de 2022), adotando o “3 de agosto” como a data da homenagem.
Inês Paz (PSOL) aprovou a ideia, mas fez ressalvas. “Votarei favorável à proposta, mas quero deixar um alerta: não podemos confundir esse esporte com a liberação de armas. Porque armar a população não resolve problemas sociais nem de violência. O esporte é outra coisa e merece investimento. Por outro lado, não podemos incentivar que a população se arme”.
Francimário Farofa, um dos autores do Projeto nº 59/2022, disse que a atividade vem ganhando cada vez mais adeptos em Mogi e região. “Essa prática aumentou muito em nossa Cidade e até nas cidades vizinhas. São pessoas treinadas. Visitei clubes de tiro em outros municípios. Queremos reconhecer essa atividade. Em muitas cidades de São Paulo essa data já foi incorporada ao calendário oficial dos municípios”.
Marcos Furlan (PODE), presidente da Casa e outro autor da propositura, disse que a intenção é valorizar a posse de armas responsável. “São diversos atiradores esportivos em nossa Cidade. A questão do atirador esportivo não deve se misturar ao incentivo ao armamento. Sou professor de artes marciais e conscientizo meus alunos. Ou seja, explico e reforço para eles não usarem o que aprendem nos tatames nas ruas. No caso deste projeto, estamos falando de pessoas que praticam para relaxar ou até mesmo para evoluir na prática da atividade. Fico muito feliz com a aprovação desse projeto”.
Iduigues Martins (PT) votou a favor da ideia, mas também deixou algumas observações. “O esporte é louvável, e votarei favorável. Porém, aproveito a oportunidade para falar da preocupação da má utilização das armas. Muitos adquirem armas e fazem mau uso delas. Isso mancha a reputação dos atiradores esportivos responsáveis. É importante separar o joio do trigo. Teve gente de má fé que se intitulou como atirador esportivo, comprou armas e repassou para o crime organizado. Felizmente, este projeto não se trata disso e realmente homenageia os atletas, aqueles que fazem o uso adequado das armas”.
O vereador Policial Maurino (PODE) elogiou a iniciativa. “Este projeto é interessante porque é uma atividade que vem crescendo. Só em Mogi, há 2 mil associados aos clubes de tiros. Mas é preciso garantir responsabilidade ao portar suas armas. O porte é somente para fins esportivos e nada mais. Do contrário, o cidadão deve ser julgado à luz da lei”.
Pedro Komura (PSDB) defendeu a ampliação de estabelecimentos comerciais que vendam armas no Município. “Hoje, em Mogi, existe um único lugar onde se pode comprar armas. Acho que essa lei poderia mudar. Agricultores, que têm porte de armas para sua defesa, pleiteiam mais opções para comprar seus equipamentos. Já recebi muitos pedidos para modificar a legislação e ampliar a quantidade de locais que fazem esse tipo de comercialização”.
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