A Câmara Municipal de Mogi das Cruzes aprovou, em sessão ordinária nesta terça-feira (22), o Projeto de Resolução 1/2022, de autoria do vereador Clodoaldo Aparecido de Moraes (PL), que institui uma CEV (Comissão Especial de Vereadores) com a finalidade de buscar soluções para evitar o fechamento definitivo da passagem de nível para pedestres situada na intersecção entre a linha ferroviária da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e a Rua Dr. Deodato Wertheimer.
O fechamento da passagem de nível para pedestres está previsto para o dia 1º de julho de 2022, conforme acordo firmado entre a CPTM e a Prefeitura Municipal.
“O direito de ir e vir do cidadão mogiano tem que ser respeitado. Afinal, os moradores da localidade, pedestres que usam diariamente essa passagem para seguirem até suas casas e trabalhos, comerciantes da região, não podem ser prejudicados e aceitarem o fechamento da passagem, sem ao menos uma solução”, justificou Clodoaldo de Moraes.
O Projeto de Resolução aprovado determina que a Comissão Especial de Vereadores que vai fiscalizar o fechamento da passagem de nível será composta por três parlamentares, cujos nomes ainda serão definidos, e terá duração de 180 dias.
Entenda o caso
No dia 31 de dezembro de 2021, a Justiça acatou um pedido da administração municipal e proibiu temporariamente a CPTM de realizar o fechamento da passagem de nível na Rua Dr. Deodato Wertheimer, que inicialmente estava prevista para o dia 2 de janeiro. Com a decisão, a passagem não poderia ser fechada pelos próximos 60 dias.
De acordo com o prefeito Caio Cunha, o acordo foi feito para “ganhar tempo”. “Em fevereiro, acabaria o prazo dado pela liminar. Nessa luta, o tempo vale ouro e, para ganharmos tempo, solicitamos à CPTM que o fechamento fosse feito apenas em julho e oficializamos isso, para não deixar só no gogó”, publicou ele nas redes sociais. “Continuamos na luta para impedir o fechamento e estamos trabalhando constantemente para construir soluções para esse problema”, conclui a nota divulgada pelo prefeito.
O acordo feito pela Prefeitura com a CPTM foi criticado por alguns parlamentares. “Esse é um acordo que um entra com o pescoço e outro com a corda. O que quer dizer isso? A Prefeitura foi lá, assinou, homologou e a CPTM vai fechar”, afirmou o vereador Iduigues Martins (PT), que criticou o fato de o documento não trazer nenhuma contrapartida ao município com relação ao fechamento da passagem de nível.
“O senhor prefeito não pensou. Ele pensou simplesmente em fazer o acordo e falar o seguinte: pode fechar e cada um vai se virar. Nós estamos pedindo esse diálogo. Ele disse que era a Prefeitura do diálogo, que ia fazer a mudança do Brasil a partir de Mogi das Cruzes. Que mudança é essa que não ouve a população? Ele quer construir muros, nós precisamos construir pontes”, disse a vereadora Inês Paz (PSOL).
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