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Vacina da gripe acaba na maioria das cidades do Alto Tietê; Condemat pede providências



O primeiro dia da campanha de vacinação contra a gripe (Influenza A) foi desgastante para a população e para os profissionais da saúde das redes municipais do Alto Tietê, informou o Condemat (Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê). Na maioria das cidades já não há mais doses disponíveis para atender o grupo prioritário desta primeira fase, que são os idosos e profissionais da saúde. Em alguns municípios, as vacinas acabaram antes mesmo do meio-dia.



Itaquaquecetuba, por exemplo, tem 93 mil idosos que precisam tomar a vacina da Influenza A.  O município, no entanto, recebeu apenas 8 mil doses – o equivalente a 8,6% do necessário para esse grupo -, que chegaram ao fim em três horas. Em Mogi das Cruzes, Arujá, Guararema, Santa Isabel e Suzano, as doses também acabaram antes das 14h do primeiro dia de vacinação. Já em Salesópolis, as vacinas terminaram em pouco mais de duas horas.



O Condemat afirmou que cobra providências urgentes da Secretaria Estadual da Saúde e do Ministério da Saúde. “Já tínhamos alertado que haveria uma grande procura pela vacina, por conta de todo esse pavor frente à pandemia do coronavírus. Por mais que se diga que a vacina da gripe não age contra a Covid-19, ela  protege de outros vírus que causam doenças respiratórias e era esperado que a população buscasse por essa proteção”, ressaltou Adriana Martins, coordenadora da Câmara Técnica de Saúde do Condemat.



“Agora é preciso que o Ministério e o Estado supra rapidamente os estoques antes que a situação fuja totalmente ao controle porque o descompasso entre as informações divulgadas por esses órgãos e o disponibilizado, na prática, tem dificultado muito a gestão dos municípios”, acrescentou.



A maioria das cidades adotou esquemas especiais para a vacinação dos idosos, reduzindo a exposição deles num momento em que todas as recomendações são para que as pessoas permaneçam nas suas casas. Alguns municípios, como Mogi das Cruzes, implantaram sistema de drive thru para o idoso nem precisar descer do carro e, outros, priorizaram os grupos de idosos mais velhos como, por exemplo, acima de 75 anos. Mesmo assim, faltaram vacinas.

“É uma situação preocupante porque foi divulgado a exaustão na mídia que a campanha de vacinação começava nesta segunda-feira e que os idosos deveriam ser imunizados. Agora, temos pessoas com mais de 60 anos, que são o grupo mais vulnerável ao Coronavírus, saindo de suas casas à toa porque não há mais vacinas e até este momento não temos informação de quando novas doses serão disponibilizadas”, lamentou a coordenadora de saúde.

Em ofício ao Estado e Ministério da Saúde, o Condemat pede informações urgentes quanto à reposição da grade de vacina de Influenza para atendimento da população alvo desta primeira fase (idosos e profissionais da saúde) e também das outras duas etapas – professores, portadores de doenças crônicas e forças de segurança e salvamento (a partir de 16 de abril) e crianças, gestantes, puérperas, povos indígenas, adolescentes e jovens sob medida socioeducativa, funcionários do sistema prisional e adultos de 55 a 59 anos (a partir de 9 de maio).

De acordo com a Prefeitura de Mogi das Cruzes, uma nova remessa de vacinas contra a gripe deve chegar ao município entre quinta (26) e sexta-feira (27), conforme informou o Grupo de Vigilância Epidemiológica do Estado. “A Prefeitura de Mogi das Cruzes utilizará todos os canais de comunicação para informar sobre a volta da vacinação tão logo seja possível”, informou o prefeito Marcus Melo, durante a live realizada no início da noite desta segunda-feira.

Embora a vacina contra a gripe que está sendo disponibilizada em todo o país não proteja contra o novo coronavírus, os idosos são prioridade porque são mais suscetíveis às doenças respiratórias e suas possíveis complicações. A vacinação também ajuda a diferenciar a gripe comum da Covid-19, ou seja, se a pessoa recebeu a dose de combate à gripe e, mesmo assim, apresentar sintomas como tosse e falta de ar, provavelmente não é o vírus influenza, o que pode ajudar o médico em sua conduta.

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