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A Prefeitura de Mogi das Cruzes ainda não definiu o que será feito com o prédio construído para abrigar a Maternidade Municipal, em Braz Cubas. De acordo com o secretário municipal de saúde, William Harada, não há verbas para a manutenção dos serviços e, além disso, segundo ele, atualmente não existe mais demanda reprimida na maternidade da Santa Casa.
O secretário afirmou que o prefeito Caio Cunha optou por ser “conservador” com o orçamento da saúde municipal. “Quando se coloca muito dinheiro em um equipamento, ele vai tirar daqueles que já existem. Para oferecer um bom serviço, não adianta o que tem estar funcionando mal e inaugurar um prédio novo apenas para fazer politicagem, e não política pública”, disse o secretário durante audiência pública de prestação de contas realizada na Câmara de Mogi das Cruzes nesta terça-feira (28).
Diante da resposta de Harada, a vereadora Inês Paz (PSOL) questionou se, então, houve erro de planejamento de gestões anteriores.
O secretário negou erros de outros prefeitos, alegando que a realidade mogiana mudou. “No momento que a Maternidade foi concebida, não se apresentava essa situação que tem hoje, que a Santa casa tem uma contratualização e a demanda é menor que o teto da contratualização. Naquele momento, a contratualização da Santa Casa era 500 partos e já estava com uma média de 600 por mês, ou algo parecido, então apontava a necessidade da construção de uma nova maternidade no município”, disse ele.
“Se [a Maternidade] foi bem planejada ou mal planejada, não está em discussão porque o prédio está aí e o prefeito precisa dar uma solução para que a população não seja prejudicada com a decisão que ele tomar. E a melhor decisão, em um primeiro momento, não é inaugurar uma Maternidade para 500 partos com R$ 4 milhões de recursos próprios se nascem menos que 450 crianças em Mogi das Cruzes e a Santa Casa está preparada para oferecer as vagas”, concluiu Harada.
Também participaram da audiência pública de saúde a secretária-adjunta municipal de saúde, Rosângela Cunha, a Dra. Nenê, além do provedor da Santa Casa de Mogi das Cruzes, José Carlos Petreca.
Entenda o caso
O prédio da Maternidade Municipal de Mogi das Cruzes começou a ser construído em novembro de 2019, durante a gestão do então prefeito Marcus Melo (PSDB), e está pronto desde abril de 2022, no entanto, o município ainda não conta com verba disponível para colocá-lo em operação.
O equipamento público, que leva o nome do Prefeito Manoel Bezerra de Melo, foi construído na Rua Francisco Afonso de Melo, no distrito de Braz Cubas, mais especificamente no terreno que abrigou o antigo fórum distrital. O prédio conta com oito mil metros quadrados de área total, sete pavimentos e um investimento de R$ 35 milhões.
Na ocasião em que começou a ser construída, a gestão anterior afirmou que o equipamento contaria com 89 vagas, das quais 54 leitos para mulheres, além de 10 leitos de UTI Neonatal, 10 leitos de cuidados intermediários e UTI Adulto, entre outros espaços especializados.
Em junho deste ano, o governador Rodrigo Garcia esteve em Mogi das Cruzes para anunciar o repasse de R$ 9 milhões para equipar a futura Maternidade Municipal. Segundo a Prefeitura de Mogi das Cruzes, entretanto, ainda não há verbas para custear a operação do equipamento, estimada em R$ 4 milhões por mês.
Em junho, o Pró-Mulher passou a funcionar nas dependências do prédio da Maternidade Municipal, com o objetivo de integrar o equipamento aos demais que se encontram na região, como o Hospital Municipal de Mogi das Cruzes.
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