A Câmara Municipal de Mogi das Cruzes recebeu, na tarde de terça-feira (18), a secretária municipal de Educação, Juliana Guedes, para a prestação de esclarecimentos sobre o retorno às aulas nas escolas municipais da cidade. Guedes havia sido convidada pela Mesa Diretiva na sessão realizada no último dia 4 de agosto, a pedido do vereador Mauro Araújo (MDB). O chefe de gabinete da Prefeitura, Romildo Campello, também esteve presente no Plenário.
Em sua explanação, a secretária municipal informou que existem atualmente 47.296 alunos matriculados nas escolas municipais de Mogi das Cruzes. Guedes explicou que, inicialmente, na previsão do governo paulista as aulas presenciais voltariam no dia 8 de setembro, mas por conta da situação da pandemia do novo coronavírus o plano foi modificado. “Estamos agora em um segundo plano de retomada. Nesse plano a ideia é que a retomada seja feita no dia 28 de outubro, desde que todas as regiões do estado estejam na fase amarela (do Plano São Paulo)”.
A secretária ainda falou sobre a consulta pública realizada pela Pasta, que constatou que 89% das pessoas (que responderam) não são favoráveis à volta às aulas. De acordo com a secretária, o Conselho Municipal de Educação também foi consultado e retornou uma resposta que segue a mesma linha da consulta pública, ou seja, contrária ao retorno das aulas.
Juliana Guedes também mostrou um kit que está sendo analisado pela Prefeitura para a distribuição aos alunos, quando voltar as aulas. O kit contém álcool em gel, máscaras e garrafinha para água. Veja foto ao final da matéria.
Após a explanação inicial de Guedes, os vereadores puderam fazer perguntas à secretária. O vereador Caio Cunha (PODE) perguntou se houve possibilidade de duplicidade na consulta pública realizada pela Prefeitura sobre a retomada às aulas. Juliana Guedes informou que o formulário da pesquisa exigia a inserção de um CPF, o que impossibilita uma possível duplicidade nas respostas.
Rodrigo Valverde (PT) perguntou se o gasto com a Educação está maior ou menor durante a pandemia. “Os custos diminuíram. Os contratos das empresas terceirizadas estão suspensos porque o recebimento se faz mediante a prestação de serviço”, pontuou Juliana Guedes.
A vereadora Fernanda Moreno perguntou se há plano de testagem para as crianças matriculadas na rede municipal. Já o vereador Furlan perguntou sobre a possibilidade de haver regime misto nas escolas (alguns alunos presenciais e outros online).
Sobre a testagem, a secretária explicou que a Pasta ainda não pensou na possibilidade, mas que vai levar a questão ao comitê interno de discussão. Sobre o regime misto afirmou que é uma possibilidade improvável. “Não consigo vislumbrar isso. Dentro do serviço público educacional a gente trabalha com a questão da maioria, nesse caso 89% como não (contrária ao retorno às aulas).
Por fim, o presidente da Câmara, vereador Sadao Sakai (PL), agradeceu a participação da secretária e dos vereadores. “Temos que ter um pouco mais de segurança para tomar as decisões mais acertadas possíveis”, finalizou.