Nos últimos três anos, a cidade de Mogi das Cruzes registrou um aumento de cerca de 19% no número de famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, ou seja, com renda per capta entre R$ 105 a R$ 210 mensais. As informações foram divulgadas pela equipe da Secretaria Municipal de Assistência Social durante prestação de contas na Câmara Municipal na última sexta-feira (15).
“Uma em cada cinco pessoas está em situação de pobreza ou extrema pobreza, caracterizando mais de 98 mil pessoas”, informou a secretária Celeste Gomes.
De acordo com a pasta, atualmente, há mais de 55 mil famílias de Mogi inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), o que corresponde a aproximadamente 30% da população do município. Já o Auxílio Brasil conta com cerca de 31 mil famílias mogianas inscritas.
O orçamento da Secretaria Municipal de Assistência Social para 2022 está previsto para R$ 47 milhões, R$ 5 milhões a menos do que o orçamento previsto do ano anterior. O secretário adjunto da Pasta, Tomás Andretta, afirmou, entretanto, que mesmo com essa queda no valor total, a Prefeitura de Mogi das Cruzes está investindo mais na Pasta. “Pode parecer que foi uma redução, mas não foi porque em 2021 ainda tínhamos os quase dez milhões de reais previstos para o auxílio mogiano, valor que por conta do arrefecimento da pandemia não está mais previsto”, disse ele.
Dos R$ 47 milhões previstos para 2022, o município vai arcar com R$ 38 milhões, cerca de 80% do valor total. Os demais recursos previstos vêm de repasses do governo federal e do Governo de SP.
Na audiência realizada na Câmara foram apresentados também dados referentes aos programas nacionais de transferência de renda. Pelo Auxílio Brasil, são quase R$ 8 milhões por mês distribuídos a famílias que se enquadram nos critérios. Já pelo BPC (Benefício de Prestação Continuada), que é voltado a pessoas com deficiência e idosos, são mais de R$ 10 milhões/mês.
O evento foi presidido pelo vereador Osvaldo Silva (Rep), presidente da Comissão Permanente de Assistência Social da Casa, e contou com a presença dos vereadores Johnross (Pode), Malu Fernandes (SD), Prof. Edu Ota (Pode), Edson Santos (PSD) e Inês Paz (PSOL), além do diretor regional de Assistência e Desenvolvimento Social (DRADS), Júlio Castrezana.
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