Nesta sexta-feira (29), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o Decreto n° 11.722, estabelecendo as diretrizes e a estrutura do Concurso Público Nacional Unificado, que preencherá 6.590 vagas em 20 órgãos do governo federal.
Inicialmente, o governo tinha anunciado a disponibilidade de 7.826 vagas, porém, nem todos os órgãos públicos aderiram ao concurso unificado. De acordo com a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, há possibilidade de outros órgãos participarem até a assinatura do termo de adesão. “Alguns órgãos ainda não entenderam totalmente o modelo e preferiram manter a realização de concurso de forma individual”, disse.
De acordo com a medida, publicada no Diário Oficial da União (DOU), os custos para a realização do concurso público serão divididos entre os órgãos do governo federal, entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional que aderiram ao concurso. As normas dessa divisão ainda serão publicadas.
A publicação do edital do Concurso Público Nacional Unificado está prevista para até o dia 20 de dezembro, e a prova deve ocorrer entre o final de fevereiro e meados de março.
Como será o Concurso Público Nacional Unificado
O Concurso Público Nacional Unificado será organizado a partir da realização de um mesmo certame em aproximadamente 180 cidades, de forma concomitante.
A ideia do governo é que o concurso unificado se torne a principal a principal forma de fazer seleção de servidores públicos federais, e que ele seja repetido anualmente ou a cada dois anos.
A primeira etapa do concurso unificado será realizada em um único dia, dividida em dois momentos: primeiro haverá uma prova objetiva, com conteúdo comum a todos os candidatos. Depois, no mesmo dia, serão aplicadas provas dissertativas e com conteúdos específicos e de acordo com cada bloco temático.
No momento da inscrição no concurso, os candidatos deverão optar por um dos blocos das áreas de atuação governamental disponíveis. Depois dessa escolha, eles deverão indicar o cargo por ordem de preferência entre as vagas disponíveis no bloco de sua escolha.
De acordo com a ministra Esther Dweck, os temas cobrados nas provas serão divulgados no edital, mas não haverá muita diferença em relação aos cobrados nos concursos atuais. “Todo mundo que já se prepara para concursos públicos estará preparado, podem ficar tranquilos. Não haverá mudança radical no conteúdo”, afirmou.
Confira as instituições que aderiram ao Concurso e o número de vagas de cada uma delas:
- Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) – 502
- Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) – 742
- Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – 520
- Ministério da Gestão e Inovação e transversais – 1480
- Ministério da Saúde – 220
- Ministério do Trabalho e Emprego – 900
- Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) – 30
- Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços – 50
- Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) – 40
- Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) – 40
- Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) – 35
- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – 895
- Ministério da Justiça e Segurança Pública – 100
- Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – 296
- Ministério da Cultura – 50
- Advocacia-Geral da União (AGU) – 400
- Ministério da Educação – 70
- Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania – 40
- Ministério dos Povos Indígenas – 30
- Ministério do Planejamento e Orçamento – 60