Em uma reunião realizada na última quinta-feira (16), na Câmara de Mogi das Cruzes, os vereadores que compõe a CEV (Comissão Especial de Vereadores) das Enchentes definiram as prioridades do grupo de trabalho, que têm como objetivo acompanhar a vigência do decreto emitido pela Prefeitura no último dia 3 de fevereiro, além de promover o debate de soluções para os constantes alagamentos na cidade.
O cronograma definido pelos parlamentares inclui diagnóstico, estudo de alternativas para amenizar as consequências das enchentes e apresentação de relatório final com as propostas de soluções aos políticos das três esferas de governo.
Ficou definido que o diagnóstico da CEV será elaborado por meio de diálogo com a população afetada, com representantes de cidades que tiveram sucesso em amenizar as enchentes, com especialistas, ambientalistas, engenheiros, integrantes da Defesa Civil, entre outros cidadãos e organizações públicas e privadas.
Visitas aos bairros afetados, como Vila Estação, Jardim Oropó, Jundiapeba e Ponte Grande, também farão parte do escopo de atuação da CEV das Enchentes.
A reunião contou com presença da autora e presidente da Comissão Especial, Malu Fernandes (SD), além dos integrantes da CEV das Enchentes Policial Maurino (PODE), Zé Luiz (PSDB) e Bi Gêmeos (PSD). O vereador Marcelo Bras (PSDB) também participou do encontro como visitante.
“A ideia de criar esta CEV surgiu de um incômodo sobre esse problema tão antigo que são as inundações. Nós vereadores apontamos locais críticos, pedimos a limpeza dos rios e córregos, mas as soluções não vêm”, disse Malu.
O vereador Bi Gêmeos sugeriu agendar reunião com os funcionários do Executivo que lidam diretamente com os alagamentos e cheias. “Precisamos ter reunião com todos os profissionais da Prefeitura envolvidos nessas questões. Sejam eles de secretarias, sejam da Defesa Civil. Antigamente, havia na Cidade o Plano Verão. É necessário saber como anda esse projeto. Afinal, é fundamental saber quem acionar em situações de emergência”, diz.
Zé Luiz também fez suas propostas. “Se ainda estiverem em andamento as ações do Plano Verão, devemos pleitear vagas do Legislativo nesse grupo. O vereador é o contato mais próximo do poder público com as populações. Além disso, é interessante chamar para o diálogo os integrantes do Comitê de Bacias Hidrográficas do Alto Tietê”.
Já o vereador Policial Maurino lembrou a importância em se investir na precaução. “Acredito que seja útil estabelecer um grande plano preventivo em relação à ação das chuvas. É preciso mudar a cultura de esperar acontecer para depois agir. Por exemplo: quais os planos da Prefeitura para março? E para o próximo ano?”, indagou.
Por sua vez, Marcelo Braz defendeu priorizar intervenções de desassoreamento no Rio Tietê. “Estamos com dois anos do atual governo, e pouca coisa tem sido feita na prática para acabar com o problema. Sugiro que a gente defina com prioridade intervenções de limpeza no Rio Tietê, que recebe as águas de todos os outros rios”.
A CEV será concluída com apresentação de relatório final aos políticos das três esferas governamentais. “O relatório conclusivo será entregue pessoalmente ao prefeito Caio Cunha, aos nossos deputados, bem como aos representantes do governo federal e estadual”, disse Malu.
Também faz parte da CEV das Enchentes o vereador Iduigues Martins (PT).
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