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MOGI DAS CRUZES

Vereadores pedem ao governador que reconsidere decisão de implantar pedágios em Mogi das Cruzes



Os vereadores da Câmara de Mogi das Cruzes aprovaram, na sessão ordinária desta quarta-feira (24), uma nova Moção (n°. 39/2024), de autoria da totalidade dos vereadores, que apela ao governador do Estado de São Paulo, Tarcisio de Freitas (REP), pela reconsideração em sua decisão de instalar praças de pedágio nas rodovias Mogi-Dutra (SP-88) e Mogi-Bertioga (SP-98), conforme previsto no projeto de concessão do Lote Litoral Paulista, cujo leilão aconteceu na última semana.



Segundo a Moção, os pedágios trarão um impacto muito grande na geração de emprego, renda e na economia local, sendo os setores de indústria e serviços diretamente impactados com o aumento no custo da produção. “As rodovias Mogi-Dutra e Mogi-Bertioga são as principais vias de acesso para as pessoas e de escoamento de mercadorias da região para a Capital e para o Litoral”, pontuaram os parlamentares no documento aprovado em Plenário.



Os vereadores também afirmaram que a cobrança nas duas estradas trará prejuízos ao desenvolvimento de Mogi das Cruzes e do Alto Tietê, comprometendo seu crescimento econômico e social. “Essa pretensão de pedágio sempre foi repudiada por vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais dos municípios que compõem a região do Alto Tietê e também pela população desses municípios, que sofrerá penalização de cobrança indevida”, ressaltaram os vereadores.



 Iduigues Martins (PT) foi um dos parlamentares que usou a palavra para repudiar o pedágio não apenas na Moção, mas também durante a sessão ordinária desta quarta-feira. “Esta Casa de Leis nunca se omitiu na luta contra o pedágio. Fomos a São Paulo, realizamos atos de repúdio, produzimos moção contrária à cobrança. Em campanha, o governador mentiu que Mogi não teria o pedágio. Temos que lutar até o último minuto, mas o pedágio do free flow na Mogi-Bertioga e na Mogi-Dutra está cada vez mais próximo”, disse o petista.



Clodoaldo de Moraes (PL) também se manifestou no Plenário. “Já fizemos vários gabinetes itinerantes em Mogi sobre o assunto. Boa parte da população acha que o pedágio é fake news. Estou colhendo um abaixo-assinado para evitar que isso aconteça. Haverá muitos pontos negativos para Mogi. Além disso, estão reformando a Mogi-Dutra para quê? Se a estrada será entregue à iniciativa privada, o dinheiro público não deveria ser aplicado ali justo agora, com obras e reformas. Vai ser um verdadeiro presente de grego. Mogi diz não ao pedágio!”.

Marcos Furlan (Pode) foi outro vereador que falou sobre o tema durante a sessão. “Infelizmente, temos que discutir o pedágio. Nossa Cidade não aguenta mais pagar mais taxas e impostos. O retorno é muito baixo. Lamento que o governador Tarcísio, depois de eleito, não tenha vindo até Mogi. Talvez isso seja pela mentira dita por ele durante a campanha”.

Inês Paz (PSOL) também se pronunciou contra os pedágios. “Alguns políticos da Cidade acreditaram nas promessas vazias do então candidato a governador. Nada do que ele falou está sendo feito: assim como o pronto-socorro do Hospital Luzia de Pinho Melo, que não reabriu, conforme promessa de campanha feita por esse governador. Precisamos dar publicidade mais ampla sobre nossa opinião contrária. Ir às ruas chamando a população é fundamental. Não bastam as ações burocráticas”.

O presidente da Câmara, Francimário Vieira (PL), o Farofa, foi outro parlamentar a tocar no assunto durante a sessão desta quarta-feira (24). “É mais uma vez que esta Casa de Leis se movimenta contra o pedágio. Fizemos moções, inclusive em conjunto com outras Câmaras, em ação capitaneada pelo ex-presidente da Câmara, Marcos Furlan, participamos de protestos e fomos até São Paulo para mostrar nossa contrariedade em audiência pública. Tarcísio prometeu que não teríamos o pedágio. Os 23 vereadores desta Casa são contra a cobrança em nossas estradas. Vamos levar esse assunto aos nossos deputados estaduais de novo”.

Edson Santos (PSD) lamentou a insistência do Governo de SP em colocar os pedágios. “Os vereadores são contra o pedágio porque a população é contra. Muitos transtornos virão, prejudicando a indústria, os estudantes e os agricultores. Até agora, o Tarcísio só deu notícias ruins para Mogi. Não reabriu o pronto-socorro do Hospital Luzia e, depois de tanto lutarmos contra a baldeação de trens em Guaianazes, esse governo do estado inventa outra baldeação, em Suzano, prejudicando imensamente nossos passageiros”.

O vereador Policial Maurino (Pode) reforçou o discurso dos colegas. “O pior de tudo é que esse pedágio não trará nenhum benefício para gente. Vai atrapalhar nosso desenvolvimento, vai onerar o orçamento doméstico de quem passar por esse pedágio a trabalho, vai aumentar o custo dos alimentos, vai desestimular a vinda de novas indústrias e também vai desencorajar a permanência das empresas atuais. A perda será imensa, e os mogianos não merecem isso”.

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