Em sessão realizada na quarta-feira (19), a Câmara de Mogi das Cruzes aprovou a Moção de Apelo nº 55/2023, que solicita à Prefeitura a criação imediata, por meio de Lei Municipal, da primeira Escola de Educação Indígena de Mogi das Cruzes e do Alto Tietê.
De autoria dos vereadores Zé Luiz (PSDB) e Marcos Furlan (PODE), a iniciativa visa atender a aldeia MBoiji, localizada no bairro Porteira Preta.
Segundo a Câmara, em 2022, a Secretaria Municipal de Educação garantiu o direito de estudos das crianças e jovens da aldeia por meio da instalação de salas de aula na Associação Cultural Indígena MBoiji e Centro Cultural Tupy Guarani de Mogi das Cruzes.
“Hoje é dia dos Povos Indígenas. Queremos aproveitar a data para sensibilizar a Secretaria Municipal de Educação para que seja criada uma escola indígena. A escola precisa existir de fato, pois só existe de direito. Muitos indígenas estão hoje matriculados nas escolas regulares, onde sofrem muito preconceito. Proponho uma escola indígena de verdade, que seja bilíngue, para preservar o idioma e a cultura”, disse Zé Luiz.
Coautor do documento, Furlan comentou que o investimento na unidade de aprendizagem voltada aos povos indígenas é urgente. “A escola é um direito do povo indígena, e é preciso uma solução urgente para esses alunos. Esta é uma causa justa dos povos originários, que já foram muitas vezes tolhidos em seus direitos”, disse.
“Parabenizo os vereadores Furlan e Zé Luiz por essa iniciativa. Conheço o cacique de lá. Precisamos estar juntos nesta luta. O sangue indígena corre nas veias de todos nós brasileiros, sendo que alguns brasileiros carregam o sangue dos povos originários em suas mãos”, disse a vereadora Inês Paz (PSOL).
Quer ficar por dentro de tudo o que acontece em Mogi das Cruzes e região? Siga nossos perfis:
