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O tempo levado pela Prefeitura de Mogi das Cruzes para abrir um novo processo de regularização para vendedores ambulantes foi tema de cobrança do vereador Caio Cunha, que disse que a última vez que o Executivo abriu possibilidade para a formalização foi em 2011. A medida, segundo ele, poderia facilitar a melhorar o emprego na cidade, uma vez que o município perdeu 1.525 postos de trabalho em 2019, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
“Quando uma cidade não se desenvolve, além de enchente e trânsito, ela não fica atrativa, ou seja, as empresas param de investir, param de contratar e por aí vai. Ao fomentar o empreendedor com uma nova abertura para ambulantes se regularizarem, a formalização contribui para novos empregos”, afirmou Caio.
De acordo com o parlamentar, com a falta de oportunidades de trabalho, muitos têm buscado no comércio ambulante uma alternativa de renda, mas acabam tendo que enfrentar as blitzes da Guarda Municipal.
Para a ambulante Beatriz de Azevedo, essa regulamentação é importante para trazer independência e sustento. “Quem procura trabalhar nesse ramo, na rua, é para o sustento. Não são pessoas sossegadas. São pessoas que realmente precisam e que muitas vezes não têm condições de cumprir um horário registrado, como é no meu caso, por ter meu filho que passa em tratamento na AACD”, disse ela.
Elieuza Alves, que também atua como ambulante, relatou as dificuldades que enfrenta há mais de dois anos por não ter licença para vender seus produtos. “Há mais de dois anos que eu venho enfrentando um grande problema com a Prefeitura do município, porque ela não quer regularizar. Já conversei com o prefeito, pedi pra ele olhar pra nós. Eu estou fazendo um trabalho digno. Eu quero vender e levar meu sustento. Inclusive é muito árduo aqui”.
O vereador Caio Cunha enviou ao Executivo um requerimento questionando se há um prazo para nova abertura e como a prefeitura pretende tratar o tema. A prefeitura tem 15 dias para apresentar uma resposta.