A Comissão Permanente de Saúde da Câmara Municipal de Mogi das Cruzes recebeu, na tarde desta quinta-feira (27), o presidente do Conselho Fiscal da Santa Casa de Mogi das Cruzes, Flávio Mattos, para uma reunião sobre os serviços da entidade. Na reunião, comandada pelo vereador Francimário Vieira Farofa (PL), foram abordados temas relacionados ao orçamento da Santa Casa, compra de insumos e medicamentos e dificuldades de operação.
Durante o encontro, Mattos informou que a Santa Casa está enfrentando dificuldades no custeio dos atendimentos e mostrou alguns questionamentos que fez à Prefeitura de Mogi das Cruzes referente ao contrato firmado. Parte dos questionamentos foram feitos sobre o funcionamento do Pronto-Socorro.
Flávio Mattos explicou que existe um contrato municipal entre a Santa Casa e a Prefeitura de Mogi das Cruzes, mas a entidade acaba recebendo pacientes de várias cidades da região, encarecendo o atendimento. “A Santa Casa recebe demandas de Arujá, Salesópolis, Biritiba-Mirim, Guararema, Suzano, entre outras. Não podemos recusar o atendimento porque somos um Pronto-Socorro portas abertas. Ou seja, fiz um contrato municipal que me força a abrir para regional, o prejuízo começa por aí”, afirmou.
Outra dificuldade exposta foi a execução de serviços que não fazem parte da grade de atendimento da Santa Casa. Mattos ressaltou que existem serviços, como cardiologia, por exemplo, que não fazem parte da grade de referência da Santa Casa, mas quando chega um paciente com problemas cardíacos a entidade tem que arcar com a transferência desse paciente para outra unidade médica.
O presidente do Conselho Fiscal da Santa Casa defendeu na reunião que, por ter pontos desfavoráveis à Santa Casa, no contrato com a Prefeitura, seria mais interessante uma mudança no acordo, passando para um contrato pago por cada serviço prestado, ao invés de um contrato que abrange um pacote de serviços, como é atualmente. “Seria cobrar por procedimento. Seria a melhor forma de cobrança para a Santa Casa”, argumentou.
“Foi uma reunião muito importante, pois Saúde tem pressa, não espera. Infelizmente os custos aumentaram mesmo e a gente não quer que a Santa Casa deixe de atender aos mogianos. Vamos buscar uma solução”, ressaltou a vereadora Fernanda Moreno (MDB).
Já a vereadora Malu Fernandes (SD) defendeu a integração da Santa Casa ao Sistema Único de Saúde (SUS). “A gente sabe que existe uma integração (com o SUS) entre as outras unidades e isso com a Santa Casa seria fundamental. Acho que o ponto é a gente ficar de olho no orçamento do próximo ano, que será debatido pela Casa.
“Não é justo a Santa Casa de Mogi ter que custear praticamente tudo, inclusive as remoções. É muito importante os vereadores participarem de reunião como essas porque a Santa Casa é fundamental para o funcionamento da Saúde do nosso município”, finalizou Farofa.
O vereador Mauro do Salão (PL) também participou do encontro e também enalteceu o trabalho da Santa Casa no município.