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Esta segunda-feira (18) foi o primeiro dia de funcionamento da Escola Professor Raul Brasil, em Suzano, após o massacre que deixou 10 mortos na semana passada.
As portas foram abertas, entretanto, somente para encontro entre professores e funcionários, que passaram por apoio psicológico com equipes especializadas dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) da Prefeitura de Suzano, da Universidade de São Paulo (USP), de outras instituições, além de profissionais das Secretarias do Governo de São Paulo (Educação, Justiça, PGE, entre outros).
Quem esteve no colégio contou que os professores não estavam nada bem. “Aparentavam estar muito incomodados”, contou um morador que preferiu não se identificar, mas que foi até o local para prestar algum tipo de solidariedade aos funcionários.
Ex-aluno da escola, ele disse que passou a manhã toda por lá. “A sala onde foram encontrados os corpos dos assassinos estava do mesmo jeito. Ninguém fez nada. Eles lavaram o chão, mais nada”, explicou o rapaz, acrescentando que “até a porta, que tinha marcas de machado, um funcionário da Prefeitura quem teve que tirar. “Ele passou para mim e eu quem coloquei para fora. Aí eles deram um sumiço na porta. Eu ainda falei ‘taca fogo’, senão vai ter criança que vai ficar vendo isso”, contou.
O suzanense disse também que havia cadeiras e livros espalhados pelo chão, e enviou algumas fotos exclusivas do interior da escola, ainda intacto após o massacre:
Alguns estudantes passaram na escola nesta manhã para buscar os pertences pessoais deixados no momento da tragédia, além de reencontrar e confortar os professores e colegas.
Nesta terça, as portas do colégio serão abertas aos alunos, que realizarão atividades livres, oficinais, apoio psicológico, rodas de conversa, depoimentos e compartilhamento de boas práticas, entre outras atividades.