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MOGI DAS CRUZES

Prefeitura de Mogi diz que aguarda quebra de sigilo bancário para exonerar servidor que desviou verbas



A Prefeitura de Mogi das Cruzes acaba de publicar uma nota em uma página que administra no Facebook para dizer que aguarda informações a respeito da quebra de sigilo bancário do servidor José Luiz Jurioli Filho, que teria desviado mais de R$ 1 milhão dos cofres municipais, para poder exonerá-lo do cargo, após conclusão do processo administrativo disciplinar.



“A quebra de sigilo bancário é fundamental para apontar a participação, ou não, de outras pessoas na fraude, enquanto o bloqueio de bens, já realizado pela Justiça, irá nortear o processo de ressarcimento dos prejuízos causados à municipalidade”, diz a nota.



De acordo com a administração municipal, o servidor foi “afastado de suas funções sem direito a vencimentos”, embora ainda não tenha sido oficialmente desligado, por meio de portaria publicada pela Prefeitura em diário oficial.



José Luiz Jurioli Filho está preso preventivamente desde o dia 18 de outubro, quando o Ministério Público (MP/SP) acatou um pedido da Prefeitura, que denunciou o caso e solicitou a investigação.



Comissão na Câmara

Câmara Municipal de Mogi das Cruzes aprovou, na sessão ordinária de 23 de outubro, o Projeto de Resolução 12/2019, de autoria dos vereadores Mauro Araújo (MDB), Caio Cunha (PV) e pastor Carlos Evaristo (PSD), que cria uma Comissão Especial de Vereadores (CEV), para apurar, junto ao Poder Executivo, as denúncias do desvio de verba da folha de pagamento de servidores municipais.

A primeira reunião do grupo aconteceu no último dia 29. “Nesse primeiro momento iremos solicitar todas as informações necessárias à Prefeitura, como a cópia da documentação do processo. Em cima disso a gente começa a averiguar. Esse é o primeiro passo”, disse o vereador Mauro Araújo.

Segundo a Câmara, após reunir toda a documentação do processo enviada ao Ministério Público, a CEV também poderá solicitar informações à empresa dona do sistema da folha de pagamento e ao chefe imediato do servidor acusado de fraudar o sistema.

Com duração de 180 dias, a Comissão Especial de Vereadores também buscará avaliar a necessidade de aprimoramento do sistema de pagamento dos servidores municipais, como transmissão de dados e gestão financeira da Prefeitura.

Entenda o caso

De acordo com uma denúncia feita pela Prefeitura de Mogi ao Ministério Público, o chefe de divisão que fazia a folha de pagamento, José Luiz Jurioli Filho, fraudava o sistema e transferia dinheiro público para sua conta pessoal. A ação acontecia desde 2017 e gerou um prejuízo de mais de R$ 1 milhão de reais à Administração Municipal. Com a denúncia, o servidor foi detido pela Polícia.

Em um vídeo publicado em suas redes sociais, o prefeito Marcus Melo contou que, como a fraude era realizada por meio de uma alteração no sistema informatizado da Prefeitura, uma auditoria foi capaz de colher provas que confirmam a prática.

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