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MOGI DAS CRUZES

Prefeitura de Mogi das Cruzes vai ingressar na Justiça contra instalação de pedágio



A Prefeitura de Mogi das Cruzes informou que vai ingressar, nas próximas horas, por meio da Procuradoria-Geral do Município, com um conjunto de medidas judiciais que questionarão a proposta de instalação de uma praça de pedágio na rodovia Mogi-Dutra (Rod. Pedro Eroles ou SP 088) e demais obras previstas na licitação.



O objetivo, segundo a administração municipal, é barrar o processo de implantação do pedágio a partir de problemas identificados no edital de licitação, divulgado na última sexta-feira (14), mesma ocasião em que o governador João Doria autorizou a concessão do chamado “Lote Litoral Paulista”, que envolve rodovias de Mogi e mais 11 municípios do Alto Tietê, litoral e interior do estado.



“Já deixei claro que este projeto absurdo não será instalado em Mogi das Cruzes“, disse o prefeito Caio Cunha. “A Artesp age com total falta de respeito à cidade e à sua população, simplesmente tentando empurrar uma proposta mal elaborada e que tem a rejeição unânime de toda a cidade. Esse sentimento de aversão ao pedágio também chega a outras cidades da região, como Suzano e Arujá, que seriam diretamente prejudicadas. Isso sem falar nos outros municípios, cuja população se desloca para Mogi das Cruzes de forma rotineira. Não aceitaremos essa afronta e não permitiremos que ela aconteça”, acrescentou ele.



De acordo com a Prefeitura de Mogi, estimativas de lideranças empresariais e do comércio são de que os preços de todos os produtos podem subir em função da instalação do pedágio, uma vez que as transportadoras utilizam a rodovia e irão repassar os custos à cadeia de consumo.



“Mogi das Cruzes é o polo regional do Alto Tietê e a maior cidade do Cinturão Verde do Estado de São Paulo. Diariamente, centenas de produtores rurais passam pela rodovia Mogi-Dutra para levar hortaliças, frutas e flores para abastecer a Ceagesp e, portanto, todo o território paulista e até mesmo outros estados brasileiros. Além disso, a cidade possui o distrito do Taboão, última área em toda a Grande São Paulo com áreas disponíveis para a instalação de grandes empresas. Toda essa cadeia produtiva seria diretamente afetada pelo pedágio”, afirmou a administração municipal.

A Prefeitura cita, ainda, o afastamento de empresas e o aumento de aluguéis como possíveis reflexos da instalação de um pedágio na região.

Manifestação

No último domingo (16), um ato contra o pedágio reuniu lideranças de toda a região na rodovia Mogi-Dutra. Além de Caio Cunha, estiveram na manifestação o deputado federal Marco Bertaiolli; os deputados estaduais Marcos Damásio e Estevam Galvão; os prefeitos de Arujá, Luis Camargo, e de Ferraz de Vasconcelos, Priscila Gambale; o presidente da Câmara de Mogi das Cruzes, Otto Rezende, além de outros vereadores e secretários municipais. Também fizeram parte do protesto representantes do Movimento “Pedágio Não”, que desde o anúncio do projeto do pedágio, em 2019, vem unindo forças contra a instalação da praça tarifária na cidade.

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