A Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento (CFOP) da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) realizou, nesta sexta-feira (10), uma audiência pública na Câmara de Mogi das Cruzes para discutir a proposta orçamentária do Estado para 2026.
O encontro reuniu moradores, representantes de associações e deputados estaduais, que ouviram as principais demandas da população local — entre elas, o pedido pela retirada dos pedágios no modelo free flow e o aumento dos investimentos em projetos sociais no município.
Mogi das Cruzes será uma das cidades paulistas que passarão a contar com o novo modelo de cobrança eletrônica de pedágios a partir de novembro. Durante a audiência, o tema dominou as manifestações dos moradores e políticos, que se posicionaram contra a instalação das praças na rodovia Pedro Eroles (SP-088), a Mogi-Dutra.
“O pedágio vai isolando a população, que para ir e voltar precisa pagar. Queremos que os deputados enfrentem firmemente para que retirem os pedágios da nossa cidade. Nosso futuro está em jogo”, disse o mogiano Henrique Soares.
“Eu quero dizer não ao pedágio instalado em Mogi das Cruzes. Deixar claro que esse pedágio é um presente de grego para a nossa cidade, penalizando a população de Mogi”, afirmou o vereador Iduigues Martins (PT), que também pediu mais investimentos em habitação e obras e serviços de drenagem contra alagamentos.
A audiência também foi marcada por reivindicações por mais recursos destinados a projetos sociais e organizações que atuam em Mogi das Cruzes. Representando a Associação Juntos, que promove ações socioeducativas, Elaine Yamane destacou a importância do apoio do Estado ao terceiro setor. “Temos um orçamento muito pequeno. Muitas vezes essa política é vista como uma caridade, mas não é isso. É uma política de direitos e, por isso, precisa estar no Orçamento do Estado”, afirmou.
Voluntário do grupo Trupe do Riso, que realiza apresentações artísticas em hospitais da região, Cláudio José Rodrigues também pediu mais atenção do poder público. “São milhares as histórias de vidas que estavam tristes em hospitais e que puderam sorrir. Mas hoje, não conseguimos recurso e ficamos extremamente limitados em nossas ações. Não cobramos nada de ninguém, queremos apenas que o Poder Público olhe para o que fazemos e nos apoie”, ressaltou.
A audiência em Mogi das Cruzes foi uma das 30 que a Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento da Alesp realiza entre agosto e outubro em diferentes regiões do Estado. O objetivo é ouvir as principais demandas dos municípios e incorporar as sugestões à Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026 — documento que define as receitas e despesas do governo paulista para o próximo ano.
Participaram do encontro os deputados Gilmaci Santos (Republicanos), presidente da Comissão, Luiz Claudio Marcolino (PT), Enio Tatto (PT) e Dr. Jorge do Carmo (PT).
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