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A Maternidade Municipal de Mogi das Cruzes, construída recentemente em Braz Cubas, poderá acabar se tornando um outro equipamento de saúde, informou o prefeito Caio Cunha em entrevista ao programa Radar Noticioso, da jornalista Marilei Schiavi, na Rádio Metropolitana, na última quinta-feira (1).
O prédio da Maternidade começou a ser construído em novembro de 2019, durante a gestão do então prefeito Marcus Melo (PSDB), e está pronto desde abril, no entanto, o município ainda não conta com verba disponível para colocá-lo em operação. Segundo o prefeito, seriam necessários aproximadamente R$ 4 milhões por mês para custear os serviços.
“Até hoje eu não entendi, e a gente tem conversado muito com os técnicos da saúde sobre isso, por que tem uma maternidade tão grande quanto aquela. São 500 partos por mês e Mogi não tem isso. Mogi já tem a Santa Casa, que presta um bom serviço em relação à maternidade”, disse ele.
Em junho deste ano, o governador Rodrigo Garcia esteve em Mogi das Cruzes para anunciar o repasse de R$ 9 milhões para equipar a futura Maternidade Municipal. No entanto, segundo o prefeito Caio Cunha, ainda não há um plano para o custeio dos atendimentos que a unidade vai realizar.
“São R$ 4 milhões por mês o custo disso. Na estrutura a gente gastou aproximadamente R$ 30 milhões para construir, mas para manter a Maternidade, por mês, são R$ 4 milhões. É uma grana muito alta que Mogi não precisaria gastar”, afirmou o prefeito, acrescentando que não há previsão de nenhum tipo de convênio por parte do Estado. “A Maternidade é um tipo de serviço que não compete ao município fornecer”, acrescentou ele.
Em junho, o Pró-Mulher passou a funcionar nas dependências do prédio da Maternidade Municipal, com o objetivo de integrar o equipamento aos demais que se encontram na região, como o Hospital Municipal de Mogi das Cruzes.
“A gente tem um prédio lindo, muito bem feito, graças a Deus. Nós ocupamos parte dele com o Pró-Mulher e a gente precisa decidir agora como vai ser feito, se é Maternidade ou até se não é Maternidade. A gente pode fazer um outro equipamento de saúde ali que beneficie o município”, disse Caio Cunha em entrevista à Marilei Schiavi. “É uma decisão de coragem e responsabilidade, porque ficou na cabeça de todo mundo o lance da maternidade, que é legal, só que será que tudo aquilo precisa ser maternidade?”, questionou ele.
Sobre a Maternidade Municipal
O equipamento público, que leva o nome do Prefeito Manoel Bezerra de Melo, foi construído na Rua Francisco Afonso de Melo, no distrito de Braz Cubas, mais especificamente no terreno que abrigou o antigo fórum distrital. O prédio conta com oito mil metros quadrados de área total, sete pavimentos e um investimento de R$ 35 milhões.
Na ocasião em que começou a ser construída, a gestão anterior afirmou que o equipamento contaria com 89 vagas, das quais 54 leitos para mulheres, além de 10 leitos de UTI Neonatal, 10 leitos de cuidados intermediários e UTI Adulto, entre outros espaços especializados. A capacidade estimada era de 500 partos por mês.
Atualmente, Mogi das Cruzes conta apenas com a Santa Casa para a realização de partos pelo sistema público.
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