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O Centro de Contingência do Coronavírus, do Governo de SP, recomendou que a cidade de Itaquaquecetuba retorne à fase 1 (vermelha) da quarentena, com liberação para funcionamento apenas da indústria e serviços essenciais.
Assim como os demais municípios da região do Alto Tietê, atualmente, Itaquaquecetuba está na fase 2 (laranja), que permite também a abertura do comércio, escritórios e shoppings, com restrições.
Em nota, a Prefeitura de Itaquaquecetuba afirmou que a recomendação do Centro de Contingência do Coronavírus é baseada no número de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no município. A região apresenta, segundo indicador do Estado do último dia 2, uma taxa de ocupação de 51,1% nos leitos de enfermaria e de 58,3% nos leitos de UTI.
“Ressaltamos que todos os leitos de UTI existentes na cidade são de responsabilidade do Governo do Estado através do Hospital Santa Marcelina”, disse a administração municipal, acrescentando que a unidade tem atendido pacientes de quatro municípios da região.
“A administração entende que Itaquaquecetuba não pode sofrer tal retrocesso no Plano São Paulo por conta de leitos que são de responsabilidade do Governo do Estado e não do município”, afirma a Prefeitura, que se diz, ainda, injustiçada pelo fato do Governo Estadual não estar considerando, nas estatísticas que são utilizadas para avaliar a movimentação das regiões do Estado no plano de retomada das atividades, a existência de cinco leitos de UTI com respiradores que, segundo nota, estão disponíveis no Hospital de Campanha, instalado na UPA (Unidade de Pronto Atendimento).
“A Prefeitura Municipal de Itaquaquecetuba compreende a dificuldade do Governo do Estado de São Paulo , porém se torna auto explicativa a dificuldade de um município extremamente carente como é o caso de Itaquaquecetuba assumir uma obrigação que nem o próprio Governo do Estado consegue arcar”, conclui a nota.
Condemat
A direção do Condemat (Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê) reforçou sua solidariedade ao município de Itaquaquecetuba, ressaltando que todas as cidades atuam juntas no enfrentamento ao coronavírus, mesmo porque o Plano SP tem como princípio a classificação regional.
“Itaquaquecetuba tem autonomia para adotar medidas mais restritivas se assim achar necessário. A princípio, o problema está na taxa de internação, sendo que a principal referência da cidade é o Hospital Santa Marcelina, que é de gestão estadual e atende a outros municípios também. Além disso, a ocupação dos leitos nos hospitais estaduais é coordenada pela Central de Regulação do Estado e, no geral, os números da Região estão sob controle”, avaliou o presidente do Condemat e prefeito de Guararema, Adriano Leite.
Segundo o presidente, a capacidade hospitalar do Alto Tietê pode ser ampliada com os leitos (UTI e enfermaria) prometidos pelo Governo do Estado e que ainda não foram implantados no Hospital das Clínicas de Suzano e no Hospital Dr. Arnaldo Pezzuti Cavalcanti, em Mogi das Cruzes. Conforme anúncio feito em maio pelo secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann, o prazo para essas unidades era junho, sendo 40 leitos de UTI (10 no HC e 30 no Dr. Arnaldo) e 110 de enfermaria (80 no hospital de Suzano e 30 no de Mogi).