Após anunciar que Mogi das Cruzes voltará para a fase vermelha a partir desta quarta-feira (3), a Prefeitura Municipal informou que adotará medidas ainda mais duras que as determinadas pelo governo estadual, proibindo, inclusive, tempos religiosos de receber fiéis e escolas de manterem aulas presenciais. As regras passam a valer a partir da meia-noite.
De acordo com a administração municipal, nos próximos dias, apenas os serviços essenciais poderão funcionar em Mogi, como supermercados, farmácias e postos de gasolina.
“A medida é rígida, mas necessária: a gente sempre trabalha em cima de dados; toda decisão é pelo momento que estamos vivendo e pelo que é apontado pela Secretaria de Saúde e outros órgãos competentes. Não é uma decisão fácil – até buscamos uma alternativa para o comércio ter mais flexibilidade, mas não será possível”, disse o prefeito Caio Cunha, acrescentando que a decisão foi debatida e validada em reunião com vereadores do município, na manhã de hoje.
De acordo com a Prefeitura, na próxima segunda-feira (8), uma reavaliação será feita – serão levadas em consideração a situação sanitária e a ocupação dos leitos públicos dedicados aos pacientes Covid-19 – principalmente os leitos de UTI.
A decisão da da administração municipal de retornar espontaneamente à fase vermelha foi anunciada no início desta tarde, após o Hospital Municipal de Mogi das Cruzes atingir 100% da ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e de enfermaria destinados a pacientes com Covid-19. O secretário Henrique Naufel chegou a afirmar que a saúde municipal está “à beira de um colapso”.
“Nós só conseguimos internar alguém quando há uma alta ou, infelizmente, algum óbito”, explicou o secretário municipal de saúde.