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MOGI DAS CRUZES

Secretário municipal de saúde diz que Mogi está “à beira de um colapso”



O secretário municipal de saúde de Mogi das Cruzes, Henrique Naufel, afirmou, em uma transmissão ao vivo realizada na noite desta segunda-feira (1), ao lado do prefeito Caio Cunha, que a cidade está “à beira de um colapso” por conta da ocupação de leitos destinados a pacientes com coronavírus (Covid-19).



Segundo Naufel, o Hospital Municipal de Mogi das Cruzes, onde funciona o Centro de Referência do Coronavírus na cidade, está, desde sábado (27), com 100% dos leitos ocupados, tanto de enfermaria quanto de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). “Nós só conseguimos internar alguém quando há uma alta ou, infelizmente, algum óbito”, disse o secretário, que promoveu hoje uma reunião entre os administradores de hospitais públicos e privados do município e o prefeito Caio Cunha, para entender a atual situação da ocupação de leitos.



“Os hospitais públicos e privados, somando todos os leitos de terapia intensiva da região, estão com 88% de ocupação e a enfermaria com 79%”, afirmou Naufel, acrescentando que Mogi continua recebendo muitos pacientes de outras cidades da região.



“É importante demais que vocês tomem consciência que nós estamos à beira de uma ocupação total de todos os leitos de Mogi das Cruzes”, disse o secretário de saúde. “De ontem para hoje, o Hospital Luzia de Pinho Melo já teve um aumento de 50% da sua ocupação e, de hoje para amanhã, vai aumentar outro tanto, então nós estamos à beira de um colapso realmente. Não temos para onde correr, não tem como ampliar mais leitos neste momento. Para abrir outro hospital de campanha com leitos de UTI é inviável neste momento, demoraria no mínimo três meses para a gente conseguir. Sem contar que não há ventiladores disponíveis”, completou Naufel, pedindo aos mogianos que reforcem os cuidados com os protocolos de saúde, como isolamento e distanciamento social, uso de álcool gel, entre outras medidas.



Caio Cunha complementou dizendo que o aumento de internações por Covid-19 na cidade é reflexo das aglomerações promovidas durante o carnaval: “embora não houve desfile e grandes festas, nós esvaziamos três festas no período de carnaval. Festas clandestinas. Nós esvaziamos e atuamos também alguns estabelecimentos, casas noturnas, tabacarias, que insistem, sabendo do risco da pandemia, em promover aglomeração”.

O prefeito afirmou, ainda, que os administradores dos hospitais da região disseram hoje que os atuais pacientes com Covid-19, contaminados pela segunda onda do coronavírus, estão apresentando mais complicações e passando mais tempo internados, o que justificaria o aumento da ocupação de leitos.

Assista à transmissão ao vivo realizada pelo prefeito Caio Cunha e o secretário municipal de saúde, Henrique Naufel:

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