O Notícias de Mogi prossegue, nesta quarta-feira (31), com a série especial de entrevistas com os candidatos a governador do Estado de São Paulo nas Eleições 2022, com o objetivo de conhecer melhor suas propostas de governo para a cidade de Mogi das Cruzes e a região do Alto Tietê.
Hoje é a vez do candidato Vinícius Poit, do Partido Novo, que tem Doris Alves como vice.
Poit tem 35 anos e está no primeiro mandato como deputado federal. Nascido em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, ele é empreendedor e formado em administração de empresas.
O candidato disse que sua proposta para a área da saúde é priorizar atendimento em unidades de atenção básica de Mogi, a fim de evitar internações em hospitais. Na área da segurança, afirmou que será preciso avaliar se o BAEP (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) vai integrar seu projeto de integração. Poit disse ainda ser contra um pedágio na região e a favor do aumento do investimento em assistência social, além de ter prometido ampliar a malha ferroviária paulista, inclusive em Mogi das Cruzes.
Confira a seguir a entrevista que Vinícius Poit concedeu ao Notícias de Mogi:
Notícias de Mogi – Desde o fechamento do pronto-socorro do Hospital Estadual Luzia de Pinho Melo, em Mogi das Cruzes, em fevereiro de 2021, houve uma sobrecarga no sistema de saúde municipal, principalmente no PS da Santa Casa de Misericórdia. Qual a sua proposta para ampliar o atendimento da saúde na região?
Vinícius Poit – O atendimento em saúde no estado de São Paulo precisa ser modernizado. Para isso, minha proposta é transformar a saúde pelo digital, nosso foco será promover saúde e prevenir doenças. Dessa maneira, podemos priorizar atendimento em unidades de atenção básica na região de Mogi, a fim de evitar internações em hospitais. Além disso, queremos usar sistemas mais informatizados nesses serviços de atendimento, a fim de que a gente ganhe uma gestão mais otimizada. Devemos nos lembrar também do uso e ampliação da telemedicina, trazendo conforto para a prevenção e agilidade no atendimento. Minha intenção é ampliar o Corujão da Saúde aqui na região e trazer mais transparência na Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde (CROSS), dessa forma teremos mais efetividade nas políticas de saúde e uma visão de apenas investimentos não bastam, precisamos de investimentos inteligentes e que cobrem responsabilidade.
NM – Os mogianos têm acompanhado, nos últimos meses, o aumento no número de casos de furto e roubos, principalmente na área comercial localizada no centro da cidade. Como a segurança, em maior parte, é de responsabilidade do Estado, quais são suas propostas para reforçar a segurança no Alto Tietê? Acredita que há viabilidade para abertura de um BAEP (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) na região?
VP – Precisamos reforçar a segurança sempre com inteligência e como nossa responsabilidade, queremos apoiar a implantação da Guarda Municipal nos municípios paulistas, usando os recursos do Fundo Estadual de Segurança Pública, além de realizar também a sua integração com a PM no policiamento comunitário. O BAEP é uma proposta antiga no estado, precisamos fazer uma nova análise de viabilidade para este programa e verificar se, eventualmente, ele pode fazer parte do nosso projeto de integração.
NM – Além de ter que dar apoio à Polícia Militar no combate à criminalidade, a Guarda Municipal de Mogi das Cruzes teve que atuar, nos últimos dois anos, em diversos casos de invasão de propriedades no município. Quais são seus projetos para a região na área da Habitação e Moradia?
VP – A questão da habitação em São Paulo sempre foi um problema crônico. Para resolver essa situação, um primeiro passo precisa ser na direção de investir mais na assistência social às famílias e moradores de rua para tratarmos na raiz o problema da moradia. Muitas dessas invasões que ocorreram em Mogi foram consequência do abandono às políticas de assistência por parte do governo do estado. Vamos trabalhar para melhorar esse cenário.
NM – No ano passado, depois de uma grande mobilização que envolveu políticos e representantes de diversos setores da sociedade de Mogi das Cruzes, a Artesp anunciou o cancelamento do edital do “Lote Litoral Paulista”, que previa um pedágio na Rodovia Mogi-Dutra. A suspensão do projeto foi considerada uma grande vitória da população mogiana. Caso ganhe as eleições, há possibilidade de a região receber um pedágio?
VP – Não queremos trazer um novo gasto para o bolso da população mogiana, pelo contrário, devemos trabalhar para trazer mais infraestrutura, sem pesar na renda mensal do cidadão. Precisamos nos lembrar também que esta seria uma medida que prejudicaria e encareceria os custos logísticos de diversas empresas e do setor industrial como um todo, o que consequentemente, afeta investimentos na região e sobretudo a geração de empregos.
NM – Milhares de mogianos utilizam os trens da CPTM todos os dias para ir trabalhar na capital ou em outras cidades do Alto Tietê e são recorrentes reclamações com as atuais condições das estações da CPTM na cidade, principalmente as de Braz Cubas e Jundiapeba. Quais são seus projetos para melhorar o serviço prestado pela CPTM? Há viabilidade para ampliação da Linha 11-Coral em Mogi das Cruzes, com mais uma estação no distrito de Cezar de Souza?
VP – Minha intenção é trabalhar em um plano logístico para ampliar a malha ferroviária paulista, o que inclui Mogi das Cruzes. A CPTM já se pronunciou sobre esse ocorrido, informando que os recursos prometidos pelo Governo Federal foram descartados. Podemos e devemos lutar para reverter essa decisão e unir esforços em prol de melhorar o transporte público de Mogi. Minha prioridade será melhorar a vida do cidadão.
NM – Qual sua opinião a respeito do voto eletrônico? Acredita que as urnas são seguras da forma como são utilizadas atualmente?
VP – O voto eletrônico é um avanço democrático e as urnas são medidas seguras contra fraude eleitoral. O Brasil possui um sistema moderno e bem seguro para aferir os votos, fiscalização e garantir que nosso voto realmente vai para quem estamos votando. Em diversos países que ainda não possuem essa tecnologia sempre vemos escândalos de desvios de votos e até mesmo desconfiança eleitoral. Nosso sistema é democrático, modernizado e seguro. Precisamos espalhar essa mensagem.
Todos os candidatos foram convidados, simultaneamente, a participar das entrevistas e elas estão sendo publicadas de acordo com a ordem de envio das respostas
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