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O Notícias de Mogi prossegue, nesta segunda-feira (29), com a série especial de entrevistas com os candidatos a governador do Estado de São Paulo nas Eleições 2022, com o objetivo de conhecer melhor suas propostas de governo para a cidade de Mogi das Cruzes e a região do Alto Tietê.
Hoje é a vez do candidato Elvis Cezar, do PDT (Partido Democrático Trabalhista), que tem Gleides Sodré como vice.
Elvis tem 46 anos, é advogado e foi filiado ao PSDB por 19 anos, tendo deixado a legenda este ano para migrar para o PDT. Ele nasceu em Carapicuíba e foi prefeito de Santana de Parnaíba por dois mandatos.
O candidato disse que vai estudar a reabertura do pronto-socorro do Hospital Luzia de Pinho Melo, além de implantar o programa “Zero Fila” na saúde. Na segurança, ele afirmou ser importante investir no efetivo de policiais e na proteção à mulher. Elvis afirmou, ainda, ser contra pedágio e a favor da retomada de programas habitacionais, como o CDHU.
Confira a seguir a entrevista que Elvis Cezar concedeu ao Notícias de Mogi:
Notícias de Mogi – Desde o fechamento do pronto-socorro do Hospital Estadual Luzia de Pinho Melo, em Mogi das Cruzes, em fevereiro de 2021, houve uma sobrecarga no sistema de saúde municipal, principalmente no PS da Santa Casa de Misericórdia. Qual a sua proposta para ampliar o atendimento da saúde na região?
Elvis Cezar – É inadmissível essa situação. A população precisando de mais unidades e fecharam o Pronto Socorro do Hospital Estadual Luzia de Pinho Melo, que é fundamental para o sistema público de saúde. Uma região com números gigantes como a do Alto Tietê, que realiza mais de 240 mil procedimentos, entre atendimentos do PS e ambulatoriais, não pode ver um hospital como o Luzia de Pinho Melo sendo fechado.
E o candidato do governador Dória falou recentemente com a Prefeitura defendendo o fechamento do PS! Como se fosse algo positivo para a região do Alto Tietê. Não há nada de positivo nisso, nem justificativa que a população engula.
Serei o governador da Saúde. Farei em todo o Estado de São Paulo a transformação que fiz na Saúde da população de Santana de Parnaíba onde entreguei mais de 25 unidades de Saúde, entre elas, Ambulatório Médico de Especialidades, Pronto-socorro Infantil, a maior UPA do Brasil na sua categoria e também a tão sonhada maternidade municipal. Eu não fechei pronto-socorro enquanto prefeito e nem fecharei como governador. Pelo contrário, abrirei mais!
No meu governo, farei imediato estudo para viabilizar a abertura, já nos primeiros dias de mandato, de novos leitos para atender a demanda da região. Há dinheiro em caixa no governo. Dá para ser compromisso, não promessa.
Em paralelo, farei avaliação técnica do Hospital Estadual Luzia de Pinho Melo para viabilizar a reabertura com ampliação de atendimento. O sistema de saúde no Alto Tietê está sobrecarregado. Unidades da Santa Casa do Alto Tietê enfrentam problemas frequentes por falta de recursos.
Minha atuação será em todas as frentes: consultas, cirurgias e prevenção, com o programa “Zera Fila”. Em meu governo, não vão faltar remédios, nem leitos nos hospitais públicos. Eu vou facilitar acesso aos medicamentos de alto custo e acabar com as filas para internação, consultas e cirurgias.
O nosso estado registra, hoje, mais de 500 mil pessoas aguardando uma cirurgia eletiva na Central de Regulação (Sistema Cross). Se não houvesse mais nenhuma cirurgia marcada, o estado levaria 2 anos para zerar a fila.
O “Zera Fila” terá investimentos de mais de R$ 350 milhões nos primeiros meses, com mutirões em todo estado, envolvendo não somente os equipamentos públicos de saúde, como também os particulares, com o atrativo de pagarmos o dobro da tabela SUS. Dá para realizar mutirão para mais de 47 mil cirurgias logo nos primeiros meses. Teremos ainda frentes importantes como a regionalização e ampliação dos serviços de atendimento à saúde da mulher e, em parceria com os municípios, o desenvolvimento de programas de saúde aos idosos para o tratamento de doenças crônicas. Também é prioridade em meu governo a valorização dos profissionais de saúde, do ponto de vista salarial e na formação profissional avançada.
NM – Os mogianos têm acompanhado, nos últimos meses, o aumento no número de casos de furto e roubos, principalmente na área comercial localizada no centro da cidade. Como a segurança, em maior parte, é de responsabilidade do Estado, quais são suas propostas para reforçar a segurança no Alto Tietê? Acredita que há viabilidade para abertura de um BAEP (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) na região?
EC – A resposta tem que ser clara: não só há viabilidade, como é necessidade! Em junho, a região contabilizou oito assassinatos, contra quatro no mesmo período do ano passado (aumento de 100%). Os roubos foram de 694 para 786 (aumento de 13,26%), e o número de roubos e furtos de veículos foram de 385 para 495 (avanço de 28,57%). Dados da SSP- Secretaria de Segurança Pública revelam aumento de 9,39% no número de roubos de veículos no primeiro semestre deste ano. A situação é grave. A população está com medo de sair às ruas, seja aqui no Alto Tietê ou em outras regiões do estado. A população precisa ter seu direito de ir e vir resguardado!
Meu trabalho será para garantir a segurança da população de todo o Estado de São Paulo com o programa “São Paulo Mais Seguro”.
Segundo a ONU, o ideal é contar com 1 policial (militar ou civil) para cada 300 habitantes. Então, o estado de São Paulo deveria ter mais de 145 mil policiais. Hoje, temos em torno de 104 mil. Falta efetivo, acima de tudo.
E falta investimento em estrutura também, tanto nesta região de Mogi como em todo o Estado. Vou garantir a todos os profissionais de segurança pública valorização e estrutura técnica e tecnológica eficiente para o exercício do trabalho.
Uma questão essencial da segurança pública é investir no profissional da corporação, tanto do ponto de vista da valorização salarial, como na disponibilização de novas tecnologias que auxiliem o trabalho dos policiais.
Também vou investir no combate ao crime organizado e criar um sistema de acompanhamento do jovem egresso do sistema penitenciário e a inclusão de jovens em áreas de conflito, ou moradores de rua em programas profissionalizantes.
E digo mais: na segurança, um dos principais pontos a se tratar e fazer de imediato é acabar com a violência contra a mulher. A mulher é prioridade em meu Governo como foi na minha gestão como prefeito. Eu criei políticas públicas voltadas para a mulher parnaibana, desde a área de segurança, geração de renda e emprego até saúde e bem-estar (Patrulha Maria da Penha, Feira da Mulher Empreendedora).
Vou instalar mais delegacias da mulher para combater o feminicídio e ampliar essa rede em funcionamento 24 horas para todo o nosso Estado. Também vou viabilizar no Estado a monitoração eletrônica com a utilização do uso de tornozeleira eletrônica lilás em agressores, nos casos de violência contra a mulher. Vamos tornar mais efetivas as medidas protetivas decorrentes de processos e denúncias de violência doméstica, inibindo e evitando que agressores se aproximem das vítimas.
NM – Além de ter que dar apoio à Polícia Militar no combate à criminalidade, a Guarda Municipal de Mogi das Cruzes teve que atuar, nos últimos dois anos, em diversos casos de invasão de propriedades no município. Quais são seus projetos para a região na área da Habitação e Moradia?
EC – Habitação que é um desafio social e já começarei atuando nos grandes centros urbanos com um programa que atende os moradores de rua. Em paralelo, vou retomar os investimentos a partir da CDHU – Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano – como construtora de moradias populares. O atual governo foi na contramão, fechou a CDHU.
No meu governo em Santana de Parnaíba, tiramos pessoas de áreas de risco, transferindo-as para uma moradia digna. Além disso, realizamos um dos maiores programas de Regularização Fundiária de todo o estado, encaminhando a entrega dos títulos de propriedade para mais de 20 mil famílias. No estado de São Paulo não vai ser diferente!
Nós vamos reduzir o déficit habitacional e trazer as pessoas para a linha da dignidade, regularizar e urbanizar a periferia. Vamos entregar moradias nas proximidades dos grandes centros urbanos, retomando o papel estratégico das CDHUs. Fora tudo isso, nós vamos viabilizar o acesso ao crédito para a construção de moradias, pensando em Parcerias Público Privadas (PPPs).
Vou desenvolver um programa de urbanização das favelas com a eliminação de áreas de risco. Não dá pra aceitar que uma região como a do Alto Tietê tenha mais de 140 áreas de risco. Só em Suzano, são mais de 52 mil pessoas, numa população maior que 79% de todas as cidades do estado.
Para mim, combater as desigualdades também é investir em saneamento, pois assim conseguimos melhorar a qualidade de vida da população e reduzir as desigualdades. Por isso, em meu Governo, também vou ampliar a coleta e o tratamento de esgoto e resíduos em todo o estado.
NM – No ano passado, depois de uma grande mobilização que envolveu políticos e representantes de diversos setores da sociedade de Mogi das Cruzes, a Artesp anunciou o cancelamento do edital do “Lote Litoral Paulista”, que previa um pedágio na Rodovia Mogi-Dutra. A suspensão do projeto foi considerada uma grande vitória da população mogiana. Caso ganhe as eleições, há possibilidade de a região receber um pedágio?
EC – Eu sou contra o pedágio. Sou o único candidato a governador que traz uma proposta aberta contra o pedágio. Logo no primeiro dia de Governo, vou fazer uma auditoria para rever os valores cobrados nas praças de pedágio vigentes.
Vou combater a desigualdade fazendo com que a comida chegue na mesa de toda a população com melhor preço. Muitas pessoas me perguntam como vou fazer isto. Explico a vocês: vou pedir revisão dos contratos de concessão para rever o preço dos pedágios em São Paulo. Hoje, os pedágios representam trava no desenvolvimento econômico paulista. Vou decretar auditoria em todas as praças de pedágio do estado.
Vou buscar instrumentos jurídicos para revisar esses contratos baseados em menor valor de tarifa e não em outorga. Tenho uma proposta bem clara para o pedágio e já iniciarei logo no início do Governo. Da meia-noite às cinco horas, todos os caminhões pagarão metade do valor do pedágio. Isso vai dar resultado e reduzir o valor do que chega na mesa da população, pois 95% dos alimentos são transportados por caminhões no estado de São Paulo.
NM – Milhares de mogianos utilizam os trens da CPTM todos os dias para ir trabalhar na capital ou em outras cidades do Alto Tietê e são recorrentes reclamações com as atuais condições das estações da CPTM na cidade, principalmente as de Braz Cubas e Jundiapeba. Quais são seus projetos para melhorar o serviço prestado pela CPTM? Há viabilidade para ampliação da Linha 11-Coral em Mogi das Cruzes, com mais uma estação no distrito de Cezar de Souza?
EC – Fui prefeito de Santana de Parnaíba que está na Região Metropolitana de São Paulo que também é atendida pela CPTM (Linha 8- Diamante). Acompanhei de perto as demandas referentes a CPTM juntamente com prefeitos da região, sendo presidente do Cioeste (Consórcio Intermunicipal da Região Oeste Metropolitana de São Paulo) por 3 mandatos e lutei muito por investimentos no setor. Como governador, farei o que governos paulistas anteriores não fizeram: investirei na ampliação do sistema de forma organizada, tecnológica e produtiva para atender a demanda crescente e possibilitar mais canais de transporte em todas as regiões atendidas pela rede metroviária e ferroviária do Estado.
Em Mobilidade Urbana a ideia é recuperar, modernizar e ampliar a nossa infraestrutura, utilizando a inovação e as boas práticas na gestão pública, integrando as regiões do Estado de São Paulo, promovendo a circulação das pessoas por meios sustentáveis, melhorando a qualidade de vida da população, aumentando a competividade, promovendo a geração de emprego e renda. Isto será fundamental também na região do Alto Tietê. Vou integrar as ações e o planejamento das Secretarias de Transportes e Logística, do Estado e municípios, além do Metrô, da CPTM, da EMTU e da ARTESP, para que contemplem a multimodalidade (aeroportos, portos, rodovias, hidrovias, ferrovias, metro, ônibus, ciclovias, etc.), a integração na expansão das redes de passageiros e cargas, visando ampliar a eficiência e a sustentabilidade dos modais de transporte e do sistema, através de parcerias público-privadas.
NM – Qual sua opinião a respeito do voto eletrônico? Acredita que as urnas são seguras da forma como são utilizadas atualmente?
EC – O sistema eleitoral brasileiro é seguro. Sou a favor do voto pois representa a escolha legítima da população. Há total lisura no processo que oferece um boletim de urna, documento que é impresso com a votação de votos os candidatos e partidos que receberam pelo menos um voto na seção.
Fui eleito vereador e prefeito de Santana de Parnaíba através do voto e confio no trabalho da Justiça Eleitoral que atua incessantemente para que o processo eleitoral ocorra de forma limpa, segura e democrática.
Não tenho dúvidas. O processo eleitoral seguirá ocorrendo dentro da normalidade. Teremos mais uma eleição limpa e obviamente o resultado será respeitado. Sou contra a ditadura e manifestações antidemocráticas. Sou a favor da democracia, a favor do voto eletrônico. Sou a favor da nossa eleição a governador do estado de São Paulo através do sistema eleitoral brasileiro para desenvolver São Paulo e melhorar a qualidade de vida de toda a população.
Todos os candidatos foram convidados, simultaneamente, a participar das entrevistas e elas estão sendo publicadas de acordo com a ordem de envio das respostas
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