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O diretor técnico da Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes, Massimo Colombini Netto, foi preso nesta segunda-feira (19) em uma diligência do MP-SP (Ministério Público de São Paulo), resultado de uma ação civil pública instaurada em março pela Promotoria de Justiça local que denuncia possíveis casos violência obstétrica ocorridos na entidade.
De acordo com o promotor Fernando Pascoal Lupo, ficou constatado, na época, que a diretoria da Santa Casa tinha conhecimento de práticas desumanas e comentários desabonadores feitos pela equipe em consultas e durante partos, assim como da aplicação de manobras proscritas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e da administração de medicamentos sem consentimento da mulher, entre outros atos de desrespeito a protocolos estabelecidos pelas boas práticas médicas.
A prisão do diretor, nesta segunda, aconteceu após a ocorrência de um novo caso, em que uma paciente gestante em trabalho de parto teria perdido o bebê devido à demora no atendimento por parte da entidade.
Em nota, a Santa Casa de Mogi das Cruzes afirma que “apesar de apresentada toda a documentação médica demonstrado que o atendimento prestado foi oferecido da melhor maneira, em razão do óbito da criança, ignorando cuidar o evento de uma fatalidade, entenderam os agentes à frente da apuração por conduzir o Diretor Técnico, que sequer estava presente quando da internação e exames, à Delegacia de Polícia”.
“A Santa Casa de Misericórdia, entidade mais do que centenária de benemerância, registra que tem empreendido todos os esforços para oferecer a melhor prestação de serviços à população em sua missão de salvar vidas e amenizar dores, debalde todas as dificuldades e falta de recursos, renovando seu compromisso com cada cidadã e cidadão da cidade de Mogi das Cruzes”, diz a nota da Santa Casa.
A entidade afirmou, ainda, que o diretor técnico ficará afastado de seu cargo até a conclusão das apurações.
Nesta terça-feira (20), Massimo foi liberado após ter passado por audiência de custódia, porém, uma decisão judicial o impede de exercer suas atividades profissionais no local e de acessar as dependências do hospital. O médico também não pode manter contato com pessoas ouvidas nos autos nem se ausentar da Comarca por mais de 15 dias sem autorização do Juízo. A reportagem tenta contato com a defesa do acusado.
Em nota, a Prefeitura de Mogi das Cruzes afirmou que lamenta o ocorrido e está à disposição para prestar apoio à família. “Quando a Secretaria Municipal de Saúde recebe denúncias ou apontamentos relacionados ao atendimento, notifica a Santa Casa e acompanha os casos por meio de uma equipe técnica. Diante do ocorrido, o município apura junto ao hospital os detalhes para que sejam adotadas as medidas cabíveis”, informou a administração municipal.
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