Estava prevista para esta quinta (1) a liberação da consulta ao auxílio emergencial 2021, no entanto, segundo a Dataprev, empresa de tecnologia da Caixa Econômica Federal, os trabalhadores poderão verificar se têm direito ao benefício somente a partir desta sexta-feira (2).
A Dataprev afirmou, em nota, que a nova data foi definida “em função da necessidade de alinhamento dos canais de atendimento dos três órgãos diretamente envolvidos no programa – Ministério da Cidadania, Dataprev e Caixa”.
Em entrevista à radio CBN, o ministro da Cidadania, João Roma, disse que o sistema online para consultas ainda está sendo finalizado e que, a partir desta sexta a consulta estará disponível pela página ministério e também pelo site da Dataprev e pela Caixa.
A consulta deve ser feita pelo site https://consultaauxilio.cidadania.gov.br/consulta/#/, informando o CPF, nome completo, nome da mãe e data de nascimento. Também poderá ser feita também pelos canais da Caixa: pelo auxilio.caixa.gov.br ou pelo telefone 111.
Vale lembrar que não é preciso e nem possível realizar um novo cadastro para receber as novas parcelas. A Dataprev utilizará os cadastros antigos, aplicando um pente-fino que excluirá milhões de pessoas da lista de beneficiários. Já no caso do Bolsa Família, a inclusão no programa é automática.
O novo auxílio emergencial será pago somente a famílias com renda per capita de até meio salário mínimo (R$ 550) e renda mensal total de até três salários mínimos (R$ 3.300). Além disso, apenas uma pessoa da família poderá receber o apoio financeiro, que até o ano passado poderia ser concedido a até duas pessoas por família.
As pessoas que não movimentaram os valores do auxílio emergencial e sua extensão, disponibilizados na poupança digital em 2020, não terão direito ao novo benefício, assim como quem estiver com o auxílio do ano passado cancelado no momento da avaliação de elegibilidade para 2021.
O auxílio emergencial 2021 ainda prevê outros critérios de elegibilidade. Estão excluídos os residentes médicos, multiprofissionais, beneficiários de bolsas de estudo, estagiários e similares. Quem teve rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2019 ou tinha em 31 de dezembro daquele ano a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300 mil, ou tenha recebido em 2019 rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte superior a R$ 40 mil, também não poderá solicitar o novo benefício.
Quem ainda não terá direito a receber o novo auxílio são pessoas com menos de 18 anos, exceto mães adolescentes, quem estiver no sistema carcerário em regime fechado ou tenha seu CPF vinculado, como instituidor, à concessão de auxílio-reclusão, quem tiver indicativo de óbito nas bases de dados do governo federal ou tenha seu CPF vinculado, como instituidor, à concessão de pensão por morte.
As quatro novas parcelas terão valor padrão de R$ 250. Mulheres chefes de família receberão R$ 375 e pessoas que moram sozinhas receberão R$ 150 mensais. Para quem está no Bolsa Família, continua valendo a regra do valor mais alto – a pessoa receberá o benefício com maior valor, seja a parcela paga no âmbito do programa ou o valor do auxílio emergencial.
Calendário do auxílio emergencial 2021
O governo federal anunciou, na manhã desta quarta-feira (31), que os pagamentos do auxílio emergencial 2021 terão início na próxima terça-feira, dia 6 de abril.
O calendário do novo auxílio emergencial segue o que foi implementado em 2020: um escalonamento por mês de nascimento para as pessoas receberem o crédito na Conta Social Digital da Caixa e outro para saques.
Os créditos na conta social têm início para trabalhadores que se inscreveram pelos meios digitais da Caixa (informais, microempreendedores individuais e desempregados, entre outros) e integrantes do Cadastro Único do Governo Federal.
Os beneficiários do Bolsa Família receberão de acordo com o calendário habitual do programa, que em abril começa no dia 16. De acordo com o governo federal, a estratégia de pagamentos escalonados evita aglomerações, como medida de segurança sanitária ante a crise sanitária do novo coronavírus.
1ª parcela do público geral
1ª parcela do Bolsa Família
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