A prorrogação do auxílio emergencial deve começar em março e contar com até quatro novas parcelas. A informação foi anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira (11), em conversa com jornalistas ao final de evento do governo federal em Alcântara (MA).
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O benefício vinha sendo concedido pelo Ministério da Cidadania desde abril de 2020, com o objetivo de amenizar os impactos econômicos causados pela pandemia do novo coronavírus. O calendário de depósitos foi encerrado em dezembro.
“Está quase certo, ainda não sabemos o valor. Com toda certeza – pode não ser – a partir de março, (por) três, quatro meses”, afirmou Bolsonaro, acrescentando em seguida: “Isso que está sendo acertado com o Executivo e com o Parlamento também, porque temos que ter responsabilidade fiscal”.
O presidente afirmou que não sabe qual será o valor das novas parcelas e nem quantas pessoas serão contempladas com essa nova rodada do auxílio emergencial.
BIP
De acordo com o jornal Folha de São Paulo, o governo prepara uma proposta de criação de um novo auxílio emergencial, que contará com mais critérios para recebimento e será destinado a uma parcela menor de beneficiários. Segundo a reportagem, o novo auxílio emergencial deve se chamar BIP (Bônus de Inclusão Produtiva) e liberar três parcelas de R$ 200, com foco nos trabalhadores informais.
Em outra ocasião, o ministro Paulo Guedes já havia afirmado, que caso o auxílio emergencial retorne, sua extensão seria mais focada e atenderia 32 milhões de brasileiros, pouco menos da metade dos 67,9 milhões de pessoas que receberam o benefício em 2020.
Para chegar à estimativa de 32 milhões de pessoas, Guedes explicou que uma nova versão do auxílio emergencial não abrangeria os inscritos no Bolsa Família e se concentraria apenas na população não atendida por nenhum programa social.
Neste formato, o programa custaria pouco mais de R$ 6 bilhões por mês, valor bem abaixo dos R$ 50 bilhões mensais gastos com as parcelas de R$ 600 pagas a 64 milhões de pessoas em 2020.
Dentro destes moldes, o ministro Paulo Guedes deu a entender que aprovaria a volta do auxílio emergencial, no entanto, para compensar o gasto extra, ele quer que o Congresso aprove projetos que possibilitem cortes de despesas em outras áreas do governo e reative o estado de calamidade pública.
“É possível. Nós temos como orçamentar isso, desde que seja dentro de um novo marco fiscal. Se o Congresso aciona o estado de calamidade, temos condição de reagir rapidamente. Mas é muito importante que seja dentro de um quadro de recuperação das finanças. Estamos preparados para fazer as coisas dentro das proporções”, afirmou Guedes.