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MOGI DAS CRUZES

Vereadores de Mogi discutem aumento na contribuição previdenciária de servidores



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A Câmara Municipal de Mogi das Cruzes recebeu, na manhã desta quinta-feira (12), o diretor do Instituto de Previdência Municipal de Mogi das Cruzes (Iprem), José Carlos Calderaro, para uma reunião de trabalho sobre o Projeto de Lei Complementar 02/2020, que aumenta a contribuição previdenciária dos servidores públicos municipais de 11% para 14%. A medida visa alinhar o Iprem a algumas exigências da Emenda Constitucional 103/2019 (reforma da Previdência), aprovada pelo Congresso Federal em 2019.


O aumento da alíquota para 14% é uma exigência da Secretaria de Previdência do Governo Federal para os Municípios que possuem déficit atuarial, que é a falta de recurso imediato em caixa para cobrir a soma de todos os benefícios dos servidores ativos e inativos até a morte do último segurado. Para esse cálculo é definida uma expectativa de vida de aproximadamente 75 anos, além de outras variáveis mais complexas.

Com base no cálculo feito em 2019, o Iprem possui um déficit atuarial de R$ 787.381.770,46 para equacionar. De acordo com as previsões do Instituto esse déficit só deixaria de existir em 2043. “Quando chegar em 2043 a gente vai ultrapassar isso (o déficit atuarial). Então a previsão que a gente tem é um superávit primário de um pouco mais de cem milhões, mas isso muda muito”, explicou o diretor do Iprem.

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Apesar de o Instituto possuir esse déficit atuarial, o diretor do Iprem garante que a situação atual é saudável e há liquidez para pagamento dos segurados. “Hoje a gente cumpre todas as obrigações, pagamos todas as despesas e sobra dinheiro para investimentos novos. Mas a única exceção para não cumprir a alíquota de 14% é ser superavitário, não possuir déficit atuarial para equacionar”, reiterou.


Também existe a opção de aplicar uma alíquota progressiva, de acordo com o salário do servidor, no entanto, segundo os cálculos do Instituto, nesse modelo, em Mogi das Cruzes, a média da contribuição seria menor que 14%, ou seja, inferior à exigida pela Secretaria de Previdência.

Outra alteração proposta pelo Projeto de Lei é a mudança na fonte do pagamento para casos de afastamento do trabalho por incapacidade temporária, salário maternidade, salário família e auxílio reclusão. Esses benefícios passarão a ser pagos pelo ente empregador (Prefeitura, Câmara, Semae ou Iprem). As pensões por morte continuarão sendo pagas pelo Iprem.

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O prazo para que os Regimes de Previdência Municipais se adequem à PEC 103/2019 é até o dia 31/07/2020, mas por conta do princípio da noventena e dos trâmites legais, como sanção e publicação da lei, será necessário que o Legislativo mogiano aprove o Projeto até meados abril para cumprir o prazo. “Agora o Projeto vai passar pelas Comissões de Justiça e Redação e de Finanças e Orçamento. Queremos ter clareza para que na hora de votar não haja dúvidas”, afirmou o presidente do Legislativo, Sadao Sakai (PL).

Já o vereador Rodrigo Valverde (PT) não ficou satisfeito com a justificativa da Prefeitura e quer mais dados sobre a situação previdenciária do Município. “Vou pedir pra o presidente para contratar uma empresa de auditoria na questão da Previdência para realmente apurar se é fundamental esse aumento para os trabalhadores. Pela posição oficial não tem outro caminho, mas precisamos estudar outro caminho”, disse.

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De acordo com os dados apresentados pelo Iprem houve um aumento de 9% no número de segurados pelo Instituto nos últimos três anos. Em janeiro de 2020 haviam 6.042 segurados, sendo 4372 ativos, 1301 inativos e 369 pensionistas.

Ainda em consonância com a Reforma da Previdência do Governo Federal, outras mudanças no Regime de Previdência Municipal podem acontecer, entre elas a alteração no tempo de contribuição e idade mínima para a aposentadora. No entanto essas alterações só devem ser propostas no futuro. “A gente tá aguardando a apresentação do cálculo atuarial desse ano que sai em abril ou maio e a partir disso vamos abrir discussão. A Emenda impõe medidas imediatas e a principal é o aumento da alíquota o restante vamos discutir ao longo do ano”, ressaltou Calderaro.

Também participaram da reunião os vereadores Mauro Araújo (MDB), Cario Cunha (Podemos), pastor Carlos Evaristo (PSD) e Edson Santos (PSD), além do secretário municipal de Governo, Marco Soares.

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Uma resposta em “Vereadores de Mogi discutem aumento na contribuição previdenciária de servidores”

Em uma auditoria imparcial, será comprovado que a administração, sempre direcionando os dirigentes da autarquia, por que será?
Dispõe da discricionariedade como prefixo de legalidade para perpetrar seus intentos. Ou seja: prejuízo ao servidor de carreira.
Existem casos de acidente de trabalho que foram pagos pela autarquia, em razão de não comunicado do acidente. No qual a administração tem o dever legal de proceder.
Mas se assim agiram, foi para ocultar manter servidores em condições degradantes e com apoio da especializada em medicina do trabalho contratada pela prefeitura, cujo gestor do contrato é um agente comissionado. Coordenador de gestão de recursos humanos..
O que esperar?

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