A vice-prefeita de Mogi das Cruzes, Priscila Yamagami (PP), não faz mais parte do grupo político do prefeito Caio Cunha (PODE). A decisão foi oficializada por ela na última semana, por meio de uma publicação nas redes sociais.
“Eu tomei uma decisão de não mais seguir com o grupo político que eu venho caminhando. A partir de agora, eu quero agradecer demais por tudo que eu vivi nesses tempos e também só desejar o melhor, mas entendendo que eu tenho uma nova jornada minha, que eu preciso traçar com novos projetos, novas possibilidades”, afirmou ela.
Com o fim da janela partidária, Priscila Yamagami anunciou também que permanece no PP, partido que deve apoiar o candidato do grupo encabeçado pelo PL e PSD – embora ainda não tenha tido a pré-candidatura oficializada, a escolhida do grupo deve ser Mara Bertaiolli, esposa do ex-prefeito, ex-deputado federal e atual conselheiro do Tribunal de Contas de São Paulo (TCE-SP), Marco Bertaiolli.
Em entrevista à jornalista Marilei Schiavi, da Rádio Metropolitana, nesta quarta-feira (10), Yamagami deu mais detalhes sobre os motivos que a levaram a romper com o grupo do atual prefeito Caio Cunha, ao qual ela estava vinculada desde que ele era vereador. “Eu sou energética. Eu gosto de resultado, de trabalho, eu vou pra cima. No começo, a gente conseguiu fazer bastante coisa mas, no decorrer do mandato, eu fui perdendo este espaço, perdendo a chance de colocar políticas práticas que eu acredito”, disse ela.
No início do mandato, Yamagami era chamada de “co-prefeita” dentro da Prefeitura de Mogi das Cruzes, alcunha que, segundo ela, foi perdendo o sentido com o tempo. “Eu estou em um cargo de expectativa e o ‘co-prefeito’ eleva a expectativa para uma colaboração, uma co-criação, o que é difícil de acontecer”, afirmou ela, acrescentando em seguida: “Eu fui perdendo raio de ação, possibilidade de aplicação de projetos”.
Na entrevista, a vice-prefeita ainda deu indicativos de que pode se candidatar a vereadora nas Eleições Mogi das Cruzes 2024. “É uma possibilidade. Tenho ouvido e conversado com as pessoas para entender como elas me veem, onde elas me veem, como elas percebem que eu posso contribuir melhor”.
Meia-volta
Pré-candidato à reeleição, o prefeito Caio Cunha também chegou a anunciar, em fevereiro, que iria trocar o Podemos pelo PP, mas voltou atrás após ficar sabendo que o partido apoiaria outro candidato nas eleições deste ano, sob influência do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.