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As Polícias Civil e Militar de São Paulo já prenderam, desde março, ao menos 40 pessoas que foram flagradas em diversas regiões do Estado fabricando e comercializando medicamentos e/ou álcool em gel adulterados com promessa de combater o novo coronavírus (Covid-19). De acordo com as corporações, mais de 5 mil recipientes com produtos falsificados e diversos equipamentos, inclusive de proteção individual, foram apreendidos para perícia.
Na manhã da última sexta-feira (3), por exemplo, a Polícia Civil prendeu um homem que mantinha a produção de vários itens de forma ilegal em uma empresa na Rua Joaquim Manuel de Macedo, no bairro Santo Antônio, em Osasco. Na ocasião, foram apreendidos uma máquina de misturar tinta, dez galões com produto químico (aparentemente ácido), um rolo de rótulos de embalagens, diversas embalagens com produto de limpeza, três pacotes com diversas tampas e 39 frascos transparentes com álcool sem marca aparente, além de um galão e diversos frascos vazios.
Já na quinta-feira (2), a Polícia Civil descobriu uma residência, no Jardim Santo Alberto, em Santo André, onde eram produzidas máscaras cirúrgicas de maneira clandestina. No local, foram apreendidos 2.980 elásticos e 7,3 mil peças de material usado na confecção do produto, além de 280 unidades de máscaras prontas. Uma mulher, de 27 anos, encontrada no imóvel, é investigada.
No dia 1º, PMs localizaram uma fábrica clandestina de álcool em gel em Mogi das Cruzes, onde foi encontrada produção em larga escala do produto, com utilização de maquinários industriais, sem as devidas autorizações. No local, situado na Vila Rubens, havia cerca de nove funcionários trabalhando, inclusive crianças. A ação resultou na prisão do casal proprietário do imóvel e na apreensão de tambores com produtos químicos, máquinas, balanças de precisão e vários recipientes para envasamento do produto.
Em São Paulo, na região do Jaraguá, outra prisão foi realizada. O morador de uma residência usada como centro de distribuição de álcool em gel e shampoos falsificados foi detido pela Polícia Civil, em Osasco. Na ação, foram apreendidas 15 caixas fechadas com 25 frascos de álcool em gel de 500 ml falsificados, 11 galões de 50 litros com substância para envasar os frascos vazios, além de diversos outros materiais de insumo.
Março
No último dia 31 de março, a Polícia Civil prendeu duas pessoas na capital. Em uma farmácia, na região do Brás, foram apreendidos em estoque 31 embalagens de álcool em gel e três, além de dois galões, com um líquido não especificado. Também foram recolhidas mais de 170 caixas de medicamentos diversos – alguns, inclusive, de uso controlado. Os produtos não tinham notas fiscais. O gerente do estabelecimento foi detido.
Na mesma data, um idoso foi preso na Vila Dalila, após ser surpreendido envazando um produto destinado a limpeza de superfícies e contendo na sua composição química etanol, em embalagens identificadas como “Álcool em Gel”. Ao todo, foram apreendidos seis galões e outros seis frascos de diferentes tamanhos do produto, além de um frasco com, possivelmente, álcool líquido, além de produtos químicos como alvejantes e de limpeza.
Ainda no dia 31, outro homem foi preso pela Polícia Civil em Diadema, na Grande SP. Ele era o responsável por uma fábrica clandestina de álcool em gel, onde foram apreendidos dois galões com de 5 litros cada e 465 frascos de 60 ml. Todos os recipientes estavam com álcool em gel, sendo que os menores estavam, inclusive, etiquetados. Também foram recolhidos 34 rolos de etiquetas diversas.
No dia 25 de março, mais prisões foram realizadas. Uma delas foi feita pela PC em São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo. Na ação, o proprietário de uma loja foi detido, após denúncias de produtos comercializados a preços exorbitantes. Durante fiscalização no estabelecimento foi constatado que o local estava em desconformidade com as normas da vigilância sanitária, além de serem apreendidos 405 frascos de álcool em gel adulterados.
Também no dia 25, policiais civis se deslocaram até um imóvel na Rua Ferrador, no Jardim Ângela, na zona sul da capital, onde estaria ocorrendo a comercialização de álcool gel sem a devida procedência. No local, a equipe deteve um homem e apreendeu 108 frascos de álcool gel, embalados e prontos para a venda.
Mais tarde, outra equipe localizou mais uma fábrica clandestina na Rua Estado do Amazonas, em São Mateus, na zona leste da capital. Um homem foi abordado no local indicado por meio de uma denúncia e admitiu informalmente que misturava etanol com gel de cabelo. O produto era embalado em frascos para venda. No interior do imóvel os agentes encontraram um galão contendo combustível (etanol), potes de gel para cabelo, embalagens, etiquetas, mangueiras, bombas de borrifação, além de um tonel e outros equipamentos utilizados para a produção do produto.
No dia 24, quando começou a quarentena imposta pelo Governo do Estado, também foram realizados diversos flagrantes. Na capital, duas pessoas foram presas com 104 frascos de álcool gel adulterados. Também foram apreendidas embalagens com cloro e água sanitária.
Em Santo André, na Grande São Paulo, a Polícia Civil apreendeu diversos frascos sem rótulos e galões com álcool gel em uma fábrica clandestina. Um homem foi detido no local. Outra fábrica clandestina, nos mesmos moldes, foi fechada em Taboão da Serra e um empresario foi preso.
Em São Bernardo do Campo, também na região metropolitana de São Paulo, um homem e uma mulher foram detidos com 158 frascos de álcool gel, que estavam com rótulo sem indicação obrigatória e erros ortográficos. Além disso, o CNPJ da empresa constava como não existente.
No Interior do Estado, em Nova Odessa, outra fábrica clandestina foi encontrada. Durante diligências no local, oito pessoas foram presas e mais de 2 mil litros de álcool foram apreendidos. Já em Sumaré, um químico foi preso em um barracão que fabricava álcool clandestinamente – foram apreendidos 250 galões e 1mil litros da substância.
No dia 22, a Policia Militar descobriu uma chácara onde era embalado álcool gel para ser comercializado na estrada que liga Mirassol a Ruilândia. Na ocasião, dois homens foram detidos e mais de três mil embalagens e quatro tambores com a substância, possivelmente adulterada, foram apreendidos.
Durante uma ação preventiva na cidade de Hortolândia, a Polícia Militar prendeu um homem e recuperou, no dia 21, um caminhão carregado com álcool gel – o material foi avaliado em R$ 47 mil. O flagrante aconteceu próximo ao km 108 da Rodovia dos Bandeirantes.
Outro flagrante aconteceu no dia 20, quando uma equipe da Polícia Civil prendeu seis homens durante operação para combater a venda de álcool gel possivelmente adulterados. Foram confiscados mais de 200 tubos e frascos da substância que seria comercializada por vendedores ambulantes na Capital.
Em três ações distintas no dia 19, as polícias Civil e Militar recolheram mais de 300 embalagens de substâncias semelhantes a álcool gel que eram comercializadas de forma irregular, no centro da capital. Outros objetos relacionados também foram recolhidos e cinco pessoas foram presas.
No dia 18 de março, a Polícia Civil prendeu um farmacêutico que se passava por médico e oferecia remédio contra o Covid-19. A ação aconteceu em Álvares Machado, onde foram apreendidos jaleco, mural, fórmulas matemáticas e diversos frascos, etiquetas e embalagens.
Em Franca uma família foi vitima de um golpe relacionado ao coronavírus. Os criminosos, que ainda não foram identificados, entraram em contato com as vítimas para oferecer um teste para o novo vírus, mas pediram R$ 4,9 mil como pagamento e a família depositou o dinheiro.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), as polícias seguem em diligências para prender os criminosos envolvidos com o comércio irregular de materiais relacionados ao combate do coronavírus e combater a venda de substâncias falsificadas. As autoridades de segurança alertam a população para que não adquira produtos sem a procedência confirmada.