Siga nosso Canal no WhatsApp e receba todas as notícias da cidade no seu celular!
No último dia 8 de abril, a Prefeitura de Mogi das Cruzes divulgou uma nota informando que, no dia seguinte, o Núcleo de Prevenção e Controle de Arboviroses faria uma nebulização com equipamento portátil em um condomínio localizado na rua Mariana Najar, 545, na Vila Oliveira, onde, segundo a administração municipal, um novo caso autóctone de dengue teria sido identificado.
De acordo com a Prefeitura, a aplicação manual seria realizada na área comum do prédio e no condomínio próximo. Também seria feita a aplicação veicular nas ruas que circundam as quadras ao redor, compreendendo parte da Avenida São Paulo e das ruas Jean Dornelie e Pedro Fernandes de Souza, conforme protocolos técnicos.
Entretanto, segundo o síndico do condomínio onde a ação de dedetização aconteceria, sr. Joni Matos, o serviço não foi realizado pois houve um mal entendido com relação ao local que deveria receber a nebulização. De acordo com ele, a proprietária de um apartamento do condomínio chegou mesmo a acionar a Prefeitura para informar sobre uma possível infestação de dengue onde ela mora, no entanto, a mulher possui mais de um imóvel, sendo que o que ela reside atualmente não é o da rua Mariana Najar, 545.
De acordo com uma nota assinada pelo gerente operacional da empresa que faz o serviço de portaria e segurança do condomínio, a equipe de zoonoses de fato compareceu ao local para realizar a nebulização no dia agendado, no entanto, foi feito contato com a proprietária do imóvel e ela esclareceu o mal entendido, explicando que o serviço deveria ocorrer em outro condomínio, motivo pelo qual não foi liberada a entrada da equipe no local.
“Não temos registro da presença de quaisquer tipos de focos de dengue ou qualquer outra doença em nossas dependências”, afirmou Joni.
Combate à dengue
O protocolo de atendimento aos casos autóctones em caráter de urgência tem como objetivo evitar o aumento de casos e até eventuais surtos de dengue no atual cenário de pandemia do novo coronavírus. “Considerando a limitação das atividades do Núcleo no período de isolamento social, mais do nunca torna-se imprescindível que os moradores se dediquem à eliminação de todos os possíveis focos de proliferação do Aedes aegypti em casa”, diz a veterinária e coordenadora do Núcleo de Prevenção e Controle de Arboviroses de Mogi das Cruzes, Débora Murakami, lembrando que 85% dos focos do vetor da dengue está dentro dos imóveis.
“Considerando o ciclo biológico de vida do Aedes aegypti, a partir do momento em que recebemos a confirmação de um caso autóctone, temos um prazo muito curto para realizar os procedimentos para eliminação dos mosquitos adultos infectados”, afirma Débora.
As vistorias casa a casa, assim como a aplicação de inseticidas intra e peridomiciliares, ainda que em áreas de transmissão, estão suspensas tendo em vista que a atividade poderia contribuir ainda mais para a disseminação da Covid-19 na cidade.
“Em decorrência da atual pandemia de coronavírus, as atividades de prevenção realizadas pelo Núcleo estão limitadas aos atendimentos de denúncias pontuais, monitoramento de imóveis de risco previamente cadastrados e, quando da detecção de casos de dengue autóctones, aos tratamentos químicos veiculares”, disse a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Paula Mateus.
Atualmente, Mogi das Cruzes reúne 24 casos positivos de dengue, informou a Prefeitura.