Policiais afastados pela SSP-SP por terem agredido homem durante abordagem não são de Mogi

Diferente do que foi publicado pelo Notícias de Mogi na segunda-feira (17), os policiais afastados pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo no início da semana não são os mesmos envolvidos na ocorrência que terminou com a morte de um outro indivíduo com distúrbios psicológicos na Perimetral, em Mogi das Cruzes.

O equívoco ocorreu após a divulgação de uma nota da SSP-SP que dava conta do afastamento de policiais que participaram de uma ação “cujo vídeo circulou nas redes sociais” e que “se deu após o acionamento da patrulha por pessoas que se queixavam de indivíduo desequilibrado, causando desordem na região”, assim como na ocorrência de Mogi. No entanto, segundo a assessoria de comunicação do Comando de Policiamento de Área Metropolitano (CPAM 12), a nota se refere a policiais militares envolvidos em outro caso que também repercutiu na internet, no qual dois PMs aparecem dando chutes em um catador de material reciclável na Vila Leopoldina, em São Paulo.

A assessoria do CPAM 12 informou que os policiais de Mogi foram, sim, afastados temporariamente, mas dentro de padrões que envolvem qualquer ocorrência de grande repercussão, para fins de tratamento psicológico e reabilitação emocional.

Como forma de se retratar, o Notícias de Mogi divulga, na íntegra, o posicionamento do CPAM 12 a respeito do caso que acabou com um homem morto em Mogi das Cruzes:

“Quanto à ocorrência de morte em decorrência de intervenção policial no dia 12 de junho de 2019, em que havia um indivíduo armado de faca, agressivo e alterado psicologicamente, ameaçando pessoas na via, que foi utilizada arma de incapacitação neuromuscular “SPARK”, que não foi eficaz, que o indivíduo atacou a policial que fez uso do equipamento, acertando e cortando o seu pescoço, sendo a injusta agressão revidada por outros policiais militares ali presentes, que fizeram uso de arma de fogo e o indivíduo morrendo, foi aberto um inquérito policial-militar, procedimento adotado pela corporação para apuração de crimes praticados por policiais em serviço. Cabe a Polícia Militar esclarecer e solicitar a publicação na íntegra da presente nota.

Preliminarmente, não vislumbramos irregularidade na ação policial, sendo observado o uso escalonado da força, visando cessar ação ameaçadora e conter o indivíduo agressivo.

É importante informar que a primeira equipe que chegou ao local isolou a área, visando garantir a integridade do indivíduo e dos transeuntes, dando início às negociações, que infelizmente foram infrutíferas, optando-se pelo uso da arma de incapacitação neuromuscular “SPARK”, momento que o agressor avançou na direção da oficial desferindo um golpe de faca que a atingiu na região do pescoço e em seguida atacou outros policiais militares, que não tiveram outra opção senão o uso da arma de fogo.

A nota de imprensa utilizada pelo jornalista da SSP tem relação com outra ocorrência vinculada nos jornais e mídias sociais, não tendo absolutamente nenhuma relação com a ocorrência ora narrada nessa nota.

A Polícia Militar do Estado de São Paulo tem como missão a defesa da vida, da integridade física e da dignidade da pessoa humana, e não trata ocorrências com desfecho morte de maneira leviana, buscando sempre resolver as situações de forma a proteger seus policiais e todos os envolvidos nas ocorrências, que infelizmente nem sempre é possível, pois por vezes o resultado da ocorrência dependerá do comportamento do transgressor da lei e não da Polícia Militar, que fará de tudo para proteger o cidadão, ainda que com o sacrifício da própria vida.

Seção de Comunicação Social do Comando de Policiamento de Área Metropolitana Doze“