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Suspeito de negociar joias roubadas para facção criminosa é preso em Ferraz de Vasconcelos

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A Polícia Civil informou que agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) capturaram um homem suspeito de ser o principal responsável pela negociação de ouro e joias oriundos de furtos e roubos vinculados à facção liderada pela mulher conhecida como “mainha do crime”, presa no início deste ano. O suspeito, de 37 anos, teve a prisão temporária decretada e foi localizado em Ferraz de Vasconcelos, na região do Alto Tietê. Segundo a polícia, com ele foram apreendidos R$ 80 mil em espécie.


A ação faz parte da Operação Ouro Reverso, que apura crimes de receptação e lavagem de dinheiro envolvendo metais preciosos no estado. Segundo as apurações, o suspeito atuava como “flecha” do grupo, sendo o responsável por receber as joias ilícitas e repassá-las rapidamente a estabelecimentos comerciais no centro da capital paulista, garantindo a continuidade do esquema criminoso.


“Para desarticular o crime organizado, é essencial atacarmos sua cadeia logística e asfixiá-lo financeiramente. O combate rigoroso à receptação é pilar fundamental dessa estratégia, pois desestimula a atividade criminosa ao reduzir a lucratividade e, assim, enfrentar a reincidência”, afirmou o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.

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Coordenada pela 3ª Delegacia de Polícia de Investigações Sobre Fraudes Financeiras e Econômicas, vinculada à Delegacia de Investigações Gerais (DIG), a operação foi deflagrada na última quarta-feira (7) e resultou na apreensão de cerca de R$ 2,7 milhões em ouro e joias, além de R$ 157 mil em dinheiro vivo. Três comércios irregulares utilizados para derreter os metais foram interditados e tiveram seus CNPJs suspensos.


“O valor do ouro está aumentando e é mais rápido repassar ao mercado ilícito do que um celular, por exemplo. Então nosso trabalho é impedir essa compra desenfreada do ouro sem lastro que fomenta a prática de furtos e roubos de alianças no estado”, afirmou o delegado Fernando David, responsável pela investigação.

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No total, foram cumpridos 21 mandados de busca em Ferraz de Vasconcelos, Mogi das Cruzes, Guarulhos, Taboão da Serra, Barueri, Mairiporã, Campinas e bairros paulistanos como Cambuci, Sé, Aclimação, Jardim Paulista, Vila Carrão e Vila Jacuí.

Algumas das lojas envolvidas no esquema foram alvos de mandados de busca e apreensão. Em um dos estabelecimentos, localizado na região central de São Paulo, os policiais localizaram 12 alianças em perfeito estado. Os itens estão sob análise do Deic, que busca identificar os proprietários e permitir a restituição dos bens. Vítimas da quadrilha podem procurar a delegacia para o reconhecimento dos objetos.

Divulgação/SSP-SP

Além do homem detido, outras dez pessoas e 11 empresas estão sendo investigadas por participação no esquema. Diversos aparelhos eletrônicos também foram recolhidos e serão analisados para aprofundar as investigações. O preso poderá responder por associação criminosa e receptação.

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A operação teve apoio da Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado, que ficou responsável pela verificação de registros fiscais e documentos das empresas suspeitas. Avaliadores da Caixa Econômica Federal também acompanharam os trabalhos, oferecendo suporte técnico na identificação e qualificação das joias apreendidas.

Quem é a “mainha do crime”

Apontada como a financiadora de uma rede de assaltos na capital paulista, a mulher conhecida como “mainha do crime” foi detida no dia 18 de fevereiro em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo. Conforme as investigações, ela abastecia os criminosos com armas e adquiria produtos provenientes de roubos, além de ser a mentora de uma quadrilha especializada em crimes realizados com motocicletas em diferentes áreas da cidade.

A suspeita já tinha antecedentes por porte ilegal de arma de fogo e receptação, e agora é considerada peça-chave na estrutura do grupo desarticulado pela Operação Ouro Reverso.

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