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Na tarde desta terça-feira (4), a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) promoveu uma entrevista coletiva para anunciar que a Polícia Civil do Alto Tietê concluiu o inquérito que investigava o massacre ocorrido no dia 13 de março na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano. Ao todo, quatro homens foram presos e um jovem aprendido.
As investigações apontaram que os quatro presos comercializaram as armas e munições utilizadas no crime. O jovem, por sua vez, teve participação intelectual, uma vez que ajudou a idealizar o ataque e sabia que ele iria ocorrer, sem ter a certeza da data.
“Os quatro presos auxiliaram os autores na concretização do crime. Sem eles, o ataque não teria ocorrido. Eles foram fundamentais no resultado final”, disse o delegado Alexandre Dias, responsável pelo caso.
Ainda segundo Dias, o grupo será indiciado por homicídios consumados e tentados, além do comércio ilegal de arma de fogo e munições. O adolescente já foi condenado pela Vara da Infância e Juventude.
O inquérito policial foi concluído no dia 27 de maio, após a polícia ouvir diversas testemunhas e analisar os celulares dos autores. A investigação durou cerca de 80 dias e, segundo o delegado Jair Ortiz, titular da Seccional de Mogi das Cruzes, foi concluído rapidamente por causa da inteligência policial empregada.
“A Polícia Civil tem investido em inteligência e tecnologia por meio de cursos e aquisição de equipamentos”, destacou Ortiz. “Com isso, conseguimos resgatar conversas deletadas dos celulares dos autores e entender todo o esquema planejado”, completou o delegado Dias.
Apesar da conclusão do inquérito, ambos os delegados destacam que as investigações prosseguem caso apareçam novas provas que liguem outras pessoas ao crime. “O caso Suzano não se encerra jamais”, finalizou o dr. Ortiz.
O crime
Segundo as investigações, o crime foi idealizado em 2015 pelo adolescente autor junto com o jovem apreendido. Depois disso, surgiu o terceiro rapaz, maior de idade.
O trio passou a falar do crime e a ideia só começou a ser concretizada em 2018 pelo primeiro jovem e o adulto por meio da aquisição de armas e munições em contato o grupo preso.
O segundo adolescente, segundo as investigações, se afastou da dupla e, ao mesmo tempo foi excluído, já que a intenção do jovem autor era praticar o ataque com apenas duas pessoas, imitando um crime ocorrido em 1999.
O ataque à escola em Suzano deixou 11 feridos e dez mortos, sendo duas funcionárias da escola, cinco alunos, um comerciante, tio de um dos atiradores, e os dois atiradores.