A Prefeitura de Mogi das Cruzes informou que, devido à falta de doses da vacina contra a Covid-19, neste fim de semana não será possível realizar o drive-thru para imunização no Pró-Hiper, de forma a atender os idosos com 90 anos ou mais que receberam a primeira dose da vacina nos dias 6 e 7 de fevereiro. Alguns trabalhadores da saúde que receberam a primeira dose no início do mês também seguem sem previsão de receber a segunda.
“A falta de vacinas já afeta todo o país e estamos tomando as providências cabíveis ao município, inclusive protocolamos junto ao Estado uma solicitação de previsão do envio destas doses”, afirmou, em nota, administração municipal.
Segundo o Instituto Butantan, o estudo clínico da CoronaVac – vacina aplicada nos idosos e profissionais da saúde – foi projetado para avaliar a eficácia do produto com duas aplicações em um intervalo de 14 a 28 dias, e não é possível tirar conclusão sobre a resposta imune de pacientes que passem um período muito mais longo entre as duas doses.
Segundo o Condemat (Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê), nesta quinta-feira (25), o município deve receber um lote com 3.470 doses da vacina Astrazeneca, no entanto, ele deve ser utilizado para terminar de vacinar idosos com idade entre 85 e 89 anos e iniciar a imunização de idosos de 80 a 84 anos.
A Prefeitura de Mogi das Cruzes afirmou que “a destinação de cada lote de vacina é determinada a cada entrega, portanto não é possível interferir no plano de vacinação estabelecido pelo Estado”.
Até o momento, 15.386 pessoas receberam a primeira dose da vacina contra o coronavírus em Mogi das Cruzes, sendo que 3.203 já receberam inclusive a segunda dose.
Carência de doses
A falta de segundas doses da vacina afeta não só Mogi das Cruzes, mas todos os municípios da região do Alto Tietê.
Para a coordenadora da Câmara Técnica de Saúde do Condemat, Adriana Martins, a ausência da segunda dose neste novo lote de vacinas enviadas à região nesta quinta-feira coloca os gestores municipais numa situação bastante delicada, pois inicia a vacinação de um novo grupo prioritário sem que haja disponibilidade de vacinas para os grupos atendidos primeiro.
“Os trabalhadores da saúde começaram a ser imunizados na região a partir do dia 20 de janeiro e até o momento não recebemos a quantidade total de segunda dose para este público, o que coloca em risco a eficácia da imunização por conta do prazo para aplicação da segunda dose”, afirma Adriana
Até o momento, os municípios receberam apenas 59% do total de doses de CoronaVac enviadas para trabalhadores de saúde para aplicação de segunda dose, informou o Condemat.
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