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Em 2020, receita caiu e endividamento aumentou quase 30% em Mogi das Cruzes

Na manhã desta quinta-feira (25), a Câmara de Mogi das Cruzes recebeu o secretário municipal de Finanças, Ricardo Abílio, e sua equipe técnica, para uma audiência pública de prestação de contas do terceiro quadrimestre de 2020. Ele apresentou dados que indicam queda na receita e aumento do endividamento municipal.

A audiência está prevista na Lei Complementar 101/2000 e foi comandada pelo presidente da Comissão Permanente de Finanças da Casa, vereador Pedro Komura (PSDB).


Em sua explanação, o secretário apresentou o resultado das Receitas Correntes do ano de 2020, onde houve uma queda de R$ 30,1 milhões na Receita Tributária. Nas Receitas de Capital, que compreende as operações de crédito, alienação de bens e transferências de Capital houve uma queda ainda maior, onde o Município deixou de arrecadar R$ 138,9 milhões no ano passado. De acordo com Abílio, essas quedas aconteceram em virtude da pandemia de Covid-19 que atingiu todo o mundo.

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Em relação às receitas provenientes da arrecadação de impostos, taxas e contribuições de melhoria, se destacou negativamente a arrecadação de ISS, que também em virtude da pandemia, ficou abaixo em 5,5% da previsão orçada. Já o endividamento da cidade aumentou por conta do empréstimo que o Município fez com o Banco de Desenvolvimento de Américas Latina (CAF) para as obras do +Mogi Eco Tietê.


O secretário de Finanças demonstrou preocupação com o aumento no endividamento, promovido pela gestão anterior, mas afirmou que não é motivo para alarmes. “Tivemos quase 30% no aumento do endividamento, em um ano de Pandemia sem investimentos. Isso nos preocupa, mas sem nenhum desespero, pois estamos muito longe do limite (prudencial)”, pontuou.

Audiência na Câmara de Mogi das Cruzes
Foto: CMMC

Também foram apresentados os números – dos últimos 12 meses – das despesas com o funcionalismo público. O Município gasta atualmente R$ 524,2 milhões com Pessoal, comprometendo 34,4% da receita corrente líquida estimada para o ano. Abílio pontuou que a despesa com Pessoal está bem abaixo dos limites de alerta, prudencial e máximo, respectivamente, 48,6%, 51,3% e 54%.

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Os percentuais do orçamento do ano aplicados em Saúde e Educação também foram apresentados na audiência. Em Educação foi aplicado R$ 226,3 milhões, o que corresponde a 25,8% das receitas de impostos da cidade. Já em Saúde foram aplicados R$ 220,5 milhões, equivalentes a 25,2% da Receita. A exigência constitucional para aplicação em Educação é de 25% e em Saúde de 15%.

Na audiência, o diretor geral do Semae de Mogi das Cruzes (Serviço Municipal de Águas e Esgotos), Marcelo Vendramini e o presidente do Instituto de Previdência Municipal (Iprem), Pedro Ivo, prestaram contas de suas respectivas autarquias. No Semae houve queda de 4,3% na arrecadação de 2020, em comparação com 2019. Já as despesas foram reduzidas em 0,5%.

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No Iprem houve queda de 27,8% nas Receitas Correntes, devido à suspensão dos repasses da Prefeitura, entre os meses de maio e dezembro. O Semae começará a receber esse valor parcelado a partir deste ano.

O vereador Francimário Vieira Farofa (PL) perguntou se a Secretaria vai promover o Programa de Recuperação Fiscal, conhecido como Refis. “Nós vamos sim criar um programa que estimule a regularização por parte dos contribuintes”, respondeu Abílio.

Ao final da audiência, o presidente da Comissão Permanente de Finanças, Pedro Komura (PSDB), agradeceu pela apresentação da Secretaria de Finanças e ressaltou a importância do evento para o município. “É uma audiência muito importante que leva ao cidadão informações fundamentais sobre a cidade”.

Também participaram do encontro os vereadores prof. Edu Otta (Pode) Johnross (Pode), Zé Luiz (PSDB), Mauro do Salão (MDB), Marcos Furlan (DEM) e Edson Santos (PSD).

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