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Um balanço do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) aponta que o número de inadimplentes na cidade caiu entre janeiro e agosto, em comparação com o ano passado. Os dados foram divulgados pela Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC).
No total do ano, 4.472 novas dívidas foram incluídas no banco de dados do SCPC, o que corresponde a um volume 17,9% menor que o contabilizado entre janeiro e agosto de 2019.
Até o último dia 31 de agosto, o SCPC contabilizava 17.572 dívidas em aberto na cidade. Na mesma data do ano passado, eram 18.583 (-5,44%). O número de pessoas com restrição ao crédito é de 13.981, o que equivale a -3,78% em relação ao mesmo período de 2019. Atualmente, o saldo da inadimplência é de R$ 13,4 milhões, segundo dados do SCPC/ACMC.
Reflexo da quarentena
No primeiro trimestre deste ano 1.767 novos débitos foram incluídos no cadastro de inadimplência do SCPC/ACMC, com uma variação 4,7% inferior ao mesmo período de 2019 e dentro de parâmetros normais. Já no segundo trimestre (abril/maio/junho) de 2020, foram 874 inclusões contra 2.349 do ano anterior, um volume 62,8% menor.
Para Silvio José de Moraes, vice-presidente da ACMC e diretor do SCPC, os dados refletem o impacto do fechamento dos estabelecimentos durante a quarentena e a redução do consumo, assim como medidas emergenciais que foram adotadas para minimizar os reflexos na população, entre elas, a ampliação no prazo para inclusão de débitos no banco de dados de inadimplentes, que passou de 10 para 45 dias a fim de proporcionar um maior tempo de negociação entre devedores e credores.
Durante o período de março a junho, pico da quarentena, também houve queda no número de consultas ao banco de dados do SCPC. Foram 41% menos em relação ao ano passado. O dado, ressalta o diretor do SCPC, ajuda a medir a movimentação do comércio. Quanto mais a economia está aquecida, mais vendas são feitas e, consequentemente, mais os lojistas consultam o banco de dados para saber as condições de crédito do consumidor.
Na comparação com 2019, os meses de abril e maio foram os que registraram a maior queda no número de consultas: cerca de 58% e 56%. Neste período, apenas os serviços considerados essenciais tinham permissão para funcionar. Em junho, com a flexibilidade da quarentena, a diferença caiu para 25%.
Nos últimos dois meses, o volume de consultas continua menor na comparação com o ano passado, mas a variação está abaixo de 40%. De acordo com o diretor do SCPC, esse é um indicador de que o consumidor ainda não voltou às compras como antes.
“Quando tivermos o comércio funcionando 10 horas por dia como antes é que teremos condições de avaliar realmente a efetividade da retomada da economia tanto nas vendas a crédito quanto na inadimplência”, conclui o vice-presidente da ACMC.
O SCPC conta com um balcão de atendimento ao público, que funciona na Rua Barão de Jaceguai, 674. Os telefones para informação são o 4728-4308 e 4728-4309.