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Massacre em Suzano completa um ano; relembre o caso e saiba como está a Escola Raul Brasil



Nesta sexta-feira (13) completa um ano do massacre em Suzano, ocasião em que dois ex-alunos da Escola Estadual Professor Raul Brasil invadiram o colégio e mataram alunos e funcionários.



Armados, os jovens Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, assassinaram sete pessoas, das quais cinco alunos e duas funcionárias da instituição. Após as mortes na unidade de ensino, um dos assassinos atirou no parceiro e depois suicidou-se. Minutos antes do massacre, os dois que eram ex-alunos da escola, também mataram o dono de um comércio na região, que era tio de um deles.



Em junho do ano passado, a Polícia Civil concluiu o inquérito da investigação, que durou cerca de 80 dias. De acordo com os policiais, o crime foi idealizado em 2015 por um dos adolescentes que o colocaram em prática, junto com outro jovem que não participou da ação, mas foi apreendido. Depois disso, surgiu o terceiro rapaz, maior de idade, que também executou o massacre.



Apesar de conversarem sobre o plano desde 2015, a ideia só começou a ser concretizada em 2018, pelo primeiro jovem e o adulto, que teriam adquirido as armas e munições.



De acordo as investigações, o segundo adolescente se afastou da dupla e, ao mesmo tempo foi excluído, já que a intenção do mentor do ataque era praticá-lo em apenas duas pessoas, imitando um crime ocorrido em 1999.

Três homens que teriam participação indireta no massacre, por terem vendido as armas utilizadas no dia do crime, chegaram a ser presos pela justiça mas foram soltos no dia 13 de fevereiro após uma decisão da Vara Criminal de Suzano ter concedido um alvará de soltura com concessão de liberdade provisória.

Em junho do ano passado, a Defensoria Pública de SP (DPE-SP) informou que todas as famílias de vítimas fatais e de adolescentes que sofreram lesões físicas realizaram acordos extrajudiciais de indenização com o Estado. Ao todo, foram 45 pessoas indenizadas, relativas a um total de 18 famílias (7 vítimas fatais e 11 vítimas que sofreram lesões corporais). Os valores são sigilosos, conforme termos do acordo entre a Defensoria e PGE-SP, a pedido também das próprias famílias.

Escola Raul Brasil

Palco do massacre que deixou 10 pessoas mortas em Suzano no ano passado, a Escola Estadual Professor Raul Brasil retomará suas atividades em abril, após passar por uma reforma que, segundo a Prefeitura, já chegou a 90% de sua conclusão.

Em uma área construída de 2 mil metros quadrados, a instituição de ensino recebeu grandes mudanças em seu interior. Uma das principais alterações foi a troca do portão de entrada, que vai passar da rua Otávio Miguel da Silva para a rua José Garcia de Souza. O outro será mantido apenas para visitantes.

Além disso, segundo o Governo de São Paulo, a escola também vai ter uma nova biblioteca e uma área de prática esportiva, com meia quadra de basquete. O prédio principal, que antes era utilizado como ala da diretoria e com salas de aulas, ficará exclusivamente como setor pedagógico, com ambientes mais iluminadas e maiores e com um laboratório maker, com notebooks e até com impressora 3D.

Para a área do refeitório, houve ampliação da cozinha, criação de um banheiro para funcionários e mudança no local da cantina. No entorno da escola, Soares explicou ainda que haverá um projeto de grafitagem com artistas locais com apoio do muralista Eduardo Kobra.

O secretário estadual de Educação, Rossieli Soares afirmou que, quanto aos trabalhos voltados à segurança escolar, foi realizada uma série de revisões nos procedimentos adotados pela rede estadual de ensino e será oferecida uma disciplina de projeto de vida aos estudantes, que visa oferecer uma reflexão de onde estão e para onde querem chegar.

O secretário também frisou que a pasta criou o projeto Conviva, que busca identificar casos de bullying, que está em fase de projeto-piloto com policial da reserva em uma escola estadual. Além disso, foi ampliado o número de câmeras de monitoramento integradas aos agentes de segurança.

O investimento total da obra foi de R$ 3,1 milhões, sendo R$ 2,7 milhões patrocinado por empresas parceiras, por meio do Instituto Ecofuturo, e R$ 400 mil da Seduc-SP (Secretaria Estadual de Educação de São Paulo).

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