Um estudo realizado pela Prefeitura de Mogi das Cruzes, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, aponta que mais de 75% das famílias que estão vivendo em uma área invadida na Vila São Francisco vêm de outras cidades.
De acordo com a administração municipal, assistentes sociais estiveram no local e cadastraram todos os ocupantes, além de numerar todas as unidades identificadas, com o objetivo de oferecer proteção social aos mais vulneráveis e levar conscientização sobre os riscos envolvidos em ocupações desordenadas.
Ao todo, foram 291 unidades identificadas, sendo 222 sem ocupantes (sendo 176 inacabadas) e 69 unidades cadastradas e habitadas, informou a Prefeitura. Das 69 unidades ocupadas, detectaram que 52 famílias são de outras cidades, sendo a maioria da zona leste de São Paulo e 17 famílias declararam ser de Mogi das Cruzes. Ao todo, foram constatadas 216 pessoas presentes na área, sendo 129 adultos e 87 crianças e adolescentes.
Ainda segundo a administração municipal, durante o processo de cadastramento, foi possível verificar que a invasão se originou de grupos de outras cidades. O levantamento também apontou situação de extrema precariedade e risco à saúde pública, com a inexistência de fornecimento de água, de esgotamento sanitário, além de devastação da vegetação, morte de animais nativos e presença de animais peçonhentos e vetores de doenças graves, como aranhas e carrapatos.
“Importante destacar ainda que as unidades não se caracterizam como casas propriamente ditas e sim barracos, sendo muitos inacabados e totalmente desprovidos de condições que permitam a moradia segura”, informou, em nota, a Prefeitura de Mogi das Cruzes.
Congelamento de área
Na segunda-feira (10), uma operação da Prefeitura de Mogi das Cruzes, que contou com a participação das Secretarias Municipais de Segurança e de Serviços Urbanos, além da Guarda Municipal, concluiu o trabalho de fechamento da área, para evitar novas ocupações. Segundo a administração municipal, a ação não compreendeu a remoção de nenhuma família do local.
As medidas de fechamento atendem o cumprimento da liminar concedida pelo juiz Eduardo Carvert, da Vara da Fazenda Pública, que determinou o congelamento da área, proibindo qualquer ato de terraplanagem, remoção de terra, derrubada de vegetação, além da modificação da estrutura já existente e da condição do local. A área segue sendo monitorada pela Guarda Municipal.