O Instituto de Nefrologia de Mogi das Cruzes anunciou, nesta quinta-feira (24), que abrirá 60 vagas para hemodiálise, que deverão atender preferencialmente pacientes moradores na cidade. A informação foi divulgada em um evento no qual o prefeito Marcus Melo assinou o decreto de prorrogação da cessão de uso do imóvel utilizado pelo instituto por mais cinco anos.
Desde 1997, o Instituto de Nefrologia de Mogi das Cruzes ocupa uma área municipal de aproximadamente 2 mil metros quadrados localizado no número 641 da rua Gaspar Conqueiro e a cessão de uso precisa ser renovada periodicamente.
No final de 2018, Instituto de Nefrologia foi adquirido pela empresa sueca Diaverum, uma das líderes globais em cuidados renais. Atualmente, a unidade atende 301 pacientes e outros 59 mogianos realizam tratamento fora do município, sendo que o transporte é feito pela Secretaria Municipal de Saúde.
“A hemodiálise ajuda muitas pessoas, mas é um tratamento muito pesado, que precisa ser feito três vezes por semana, e poder fazê-lo na cidade onde vive certamente reduz o sofrimento”, disse o secretário municipal de Saúde, Francisco Bezerra.
A hemodiálise substitui a função dos rins em portadores de doença renal crônica avançada e cada sessão dura em torno de quatro horas.
As novas vagas serão viabilizadas após o término das obras de ampliação na unidade, o que deve ocorrer entre o final de novembro e início de dezembro, como adiantou o CEO da Diaverum, Rafael Romanini. “As obras estão a todo vapor graças a um processo muito intenso que vem sedo construído nos últimos meses com foco no crescimento das operações. E o primeiro passo desse crescimento acontece em Mogi das Cruzes com a continuidade da cessão do imóvel, o que nos dá segurança para os novos investimentos”, afirmou.
O prefeito Marcus Melo falou sobre a importância das parcerias que favorecem a oferta de serviços essenciais à população. “Eu não sei o que é fazer um tratamento de hemodiálise, mas depender de uma máquina, três vezes por semana, não deve ser fácil. Nosso objetivo é garantir mais conforto e qualidade de vida aos pacientes que precisam do tratamento”, disse ele.
O aposentado Luiz Carlos Gonzaga faz tratamento há 26 anos no Instituto de Nefrologia de Mogi das Cruzes, mas já precisou, no passado, realizar as sessões em São Paulo. “Fiz o tratamento no bairro do Jabaquara por cerca de oito meses e foi muito penoso. Além do cansaço da viagem, nos sentimos mal, com fraqueza, náusea. O atendimento perto de casa é muito melhor, sem dúvida alguma”, afirmou.
A dona de casa Elaine de Fátima Rosa Rogai é filha da paciente Jacira Rosa Rogai, 72 anos, há quase dois em tratamento de hemodiálise na Capital. “Estamos muito felizes e ansiosos com a possibilidade de novas vagas. Espero que minha mãe possa ser transferida para a unidade de Mogi, mais perto de casa, possibilitando mais qualidade de vida para ela”.
Reunião com vereadores
O anúncio de 60 novas vagas para hemodiálise em Mogi das Cruzes surgiu depois que os vereadores Diego Martins (MDB), o Diegão, e José Francimário Vieira de Macedo (PL), o Farofa, reuniram-se, na última quinta-feira (17), com a diretora dos Institutos de Nefrologia de Mogi das Cruzes e Suzano, Silvana Kesrouani, e do diretor comercial da Diaverum, Rafael Ferreira, com o objetivo de encontrar uma solução para que o instituto possa atender a demanda de moradores de Mogi das Cruzes que precisam passar por diálise e hemodiálise.
O diretor comercial da Diaverum – empresa que comprou os institutos em novembro do ano passado – disse que os custos para o município, com o transporte de mogianos para fora da cidade é bastante dispendioso. “Estamos falando em cerca de R$ 250 mil por mês que o município gasta com esse deslocamento”, estimou Ferreira.