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Indústrias do Alto Tietê fecham quadrimestre com saldo positivo de 321 postos de trabalho



Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados este mês pela FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) apontam que, no Alto Tietê, o setor da Indústria fechou o primeiro quadrimestre do ano com saldo positivo de 321 postos de trabalho



A pesquisa leva em consideração o índice de contratações e demissões dos oito municípios que compõem a área de abrangência do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP) do Alto Tietê: Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis e Suzano.



De acordo com os dados, atualmente, o setor é responsável por 69.921 postos de trabalho em toda a região, o que coloca o Alto Tietê na décima posição em geração de empregos entre as 39 diretorias do CIESP analisadas. 



Os dados mostram que houve uma queda nas contratações nos últimos dois meses analisados. Em janeiro, o Alto Tietê apresentou um saldo positivo de 462 empregos e em fevereiro esse número ficou em 16 contratações. Em março, a indústria teve um récuo de 107 vagas e, em abril, o setor apresentou um ligeiro avanço, embora negativo, terminando o mês com menos 50 empregos, redução de 53% no volume de desligamentos se comparado com o período anterior.



Segundo o CIESP, os fatores que têm contribuído para a desaceleração do índice de contratações pela indústria são: a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que tem desorganizado a cadeia produtiva, gerando a escassez de matéria-prima e assim, impactando no aumento do preço da produção; a inflação e os juros altos, que corroem o poder de compra da população e também têm ajudado a frear a produção de alguns segmentos, o que reflete na contratação de mão de obra; além das consequências da pandemia de Covid-19.

Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que o Produto Interno Bruto (PIB), que reúne todas as riquezas produzidas no país, fechou o primeiro trimestre com alta de 1% No período, a indústria apresentou um avanço de 0,1%. “A indústria tem mais espaço e força para crescer, no entanto, o setor está pressionado pelo atual cenário econômico. Em 2021, o PIB do segmento foi de 837,2 bilhões, o que representa 11,3% de tudo que foi produzido no Brasil, mas essa participação está nos níveis de 1950”, disse o diretor regional do CIESP Alto Tietê, José Francisco Caseiro.

A expectativa para os próximos meses é uma recuperação do setor, puxada por alguns segmentos da indústria de transformação. “A imunização da população trouxe mais confiança para as pessoas que passaram a sair e consumir, o que ajuda a indústria, que abastece outros setores, como serviços e comércio. Sabemos que o crescimento não será linear, algumas áreas continuarão enfrentando desafios enquanto outras se sairão melhor”, completou José.

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